NOTA BENE: Devido à pandemia Covid-19 as iniciativas divulgadas nesta Newsletter poderão ser sujeitas a alterações na programação ou adiamentos. Para obter informações actualizadas relativas às mesmas, visitem os sítios das entidades organizadoras.

No dia 11 de Dezembro, no O'culto da Ajuda em Lisboa, decorrerá um concerto inteiramente dedicado a música de Clotilde Rosa. O programa deste espectáculo intitulado Clotilde é uma Rosa II – peças inéditas e outras, inclui várias obras desta compositora editada pelo MIC.PT, quatro delas em estreia absoluta: Impromptu For JAM para violoncelo solo (2000), Improvisos para Marimba (2012), Lírica Jâmbica para violino solo (2012) e Antínoo III para violoncelo e contrabaixo (2016). Neste concerto que conta com a participação de Adriano Aguiar (contrabaixo), Fátima Juvandes (marimba), Ana Cláudia Assis e Ana Telles (piano), Ricardo Mateus (violeta), José Sá Machado (violino), Miguel Rocha e Jorge Sá Machado (violoncelo), serão também apresentadas as peças: A Memória é um espelho para viola de arco solo (2013), Castelos d’Oiro em Mundos Irreais V.2 para violoncelo e piano (2017) e Waving II para piano e electrónica (2017). O espectáculo terá a transmissão em directo no >> Canal YouTube da Miso Music Portugal.

Em Dezembro decorrerão estreias absolutas de duas obras da autoria de Ângela Lopes, compositora editada pelo MIC.PT. A primeira peça intitulada Negro Alba (2020), para marimba e electrónica, está incluída no programa do recital de Aldovino Munguambe e Vasco Fazendeiro (marimbas), no âmbito do 13.º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu (dia 15). Por esta ocasião serão ainda estreadas obras dos três compositores editados pelo MIC.PT: José Carlos Sousa, Cândido Lima e Pedro Rebelo. A segunda obra de Ângela Lopes, Iulius (2020) para guitarra e electrónica, será estreada por Júlio Guerreiro, no contexto de mais um Recital em Directo da Antena 2 no O'culto da Ajuda em Lisboa (dia 2). Neste concerto o guitarrista interpretará também as peças – Música para um ateliê (2019) para guitarra solo de Ângela da Ponte e Ondas/ Distâncias (2019) para guitarra e electrónica de António de Sousa Dias (compositores editados pelo MIC.PT); e ainda a música de Eli Camargo Jr. e Filipe Pires.

A peça Fluxus, Transitional Flow (2013), para viola e electrónica, de Jaime Reis, será apresentada por Aïda-Carmen Soanea no contexto do Lançamento do Fonograma viola [un]plugged, a decorrer no dia 4 de Dezembro no Lisboa Incomum. Outra peça deste compositor editado pelo MIC.PT, Inverso Sangue: Ambar (B) (2018), para saxofone soprano solo, será apresentada pelo saxofonista Pedro Bittencourt a 11 de Dezembro no âmbito do V Congresso Internacional de Música e Matemática – MusMat 2020 (>> on-line), organizado pelo Grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na segunda metade do mês duas outras obras de Jaime Reis serão apresentadas nos dias 19 e 20 na Casa Municipal da Cultura de Seia; são elas, respectivamente: Sangue Inverso – Quartzo (2020) no concerto Beethoven - e a sua época - Bomtempo (Musicamera Produções) e Sangue Inverso: Obsidiana · Inverso Sangue: Cinábrio (2017) no concerto Vortex Temporum, geometrias do inelidível (Ensemble DME).

No próximo dia 5 de Dezembro a obra My Empty Hands para ensemble flexível de percussão, electrónica e vídeo, de Igor C. Silva, compositor editado pelo MIC.PT, será apresentada num concerto organizado na Universidade Soai em Osaka no Japão. Esta obra foi encomendada a Igor C. Silva pelo Drumming – Grupo de Percussão, tendo sido estreada pelo mesmo em Julho de 2018 no Teatro Helena Sá e Costa no Porto. Tal como no caso de várias outras obras suas, também aqui este compositor e artista multimédia recorre à multidisciplinaridade, aliando a música a diferentes meios artísticos como vídeo, luz e encenação, para assim convidar o público para reflectir sobre a forma como a sociedade moderna se relaciona com a crescente tecnologia e redes sociais, alienando as pessoas para uma realidade distorcida. Adicionalmente, no próximo dia 12 de Dezembro Igor C. Silva irá realizar uma masterclass, Synchronization and Interaction as a Composition and Expressive Tool, no Conservatório de Música de Murcia (Espanha) no âmbito da II Semana de la Creación.

A obra electroacústica N'vi'ah (2019) de João Pedro Oliveira, compositor editado pelo MIC.PT, foi seleccionada para o festival on-line Transversal Sonora 2020 – Sonidos en Diálogo, tendo sido incluída no concerto virtual que decorreu no passado dia 16 de Novembro e que presentemente está disponível no >> Canal YouTube do Festival. Esta obra foi também premiada no contexto do Concurso Sound Silence Thought (EUA). Adicionalmente, a vídeomúsica Things I Have Seen In My Dreams (2019) faz parte da selecção oficial do Psychedelic Film and Music Festival (15-17 de Janeiro de 2021; EUA); e a peça Burning Silver (2014) para flauta, guitarra e electrónica, foi escolhida para a próxima temporada do projecto Followmyscore. Na primeira metade deste mês a música de João Pedro Oliveira será apresentada no contexto de três eventos: no dia 2 de Dezembro no Concerto da Corwin Series (Synesthesias – New Music at UCSB, Santa Barbara, EUA), Ana Cláudia Assis interpretará a obra In Tempore (2000) para piano e electrónica; a 3 de Dezembro no Ciclo de Música Actual de Badajoz, o Síntese – Grupo de Música Contemporânea apresentará a obra A Delicada Essência dos Sonhos (2020) para acordeão, saxofone, viola e violoncelo; e a 9 Dezembro no Colóquio Internacional – Espacio-Inmersividad (México), será apresentada a obra electroacústica La Mer Émeraude (2018). No contexto deste evento João Pedro Oliveira realizará também uma conferência sobre espacialização na música.

A estreia do novo Triplo Concerto para clarinete, violoncelo, piano e orquestra de cordas (2020) de Miguel Azguime, decorrerá a 15 de Dezembro no Centro Cultural de Belém em Lisboa. Este espectáculo reúne a música de Beethoven (Trio em Si bemol Maior, op. 11) e de Miguel Azguime – além da nova obra, uma homenagem a Beethoven no 250.º aniversário, encomendada a este compositor editado pelo MIC.PT pelo CCB, o programa do concerto inclui também a sua peça ConCordas (2016). «Para Miguel Azguime, Beethoven representa uma influência maior: pela individualidade artística que ostenta, pela liberdade criativa e independência que afirma, pelo virtuosismo e exigência que tocar a sua música implica, pela inovação e o inesperado que provoca» – revelam as notas de programa. Este concerto reúne dois ensembles: a Camerata Alma Mater e os Solistas do Sond’Ar-te Electric Ensemble (Nuno Pinto [clarinete], Filipe Quaresma [violoncelo] e Elsa Silva [piano]), sob a direção de Pedro Neves. Adicionalmente, a Nova Op-Era, Itinerário do Sal (2006) pelo Miso Ensemble (Paula Azguime e Miguel Azguime) é a performance vencedora do call lançado pelo 7.º Festival Internacional de Teatro, Arte e Novas Tecnologias Le Meraviglie del Possibilie (Itália), no âmbito do qual será apresentada a 18 de Dezembro. No contexto deste festival, no próximo dia 6, Miguel Azguime realizará também uma workshop on-line, The Electronic Voice, dedicada ao uso de novas tecnologias no Itinerário do Sal.

Peixinho é Fixe (3) é o título do concerto pelo GMCL – Grupo de Música Contemporânea de Lisboa sob a direcção de Pedro Pinto Figueiredo, que irá decorrer nos próximos dias 4 e 5 de Dezembro, respectivamente, no Celeiro do Mosteiro de Alcobaça e no Auditório da Escola de Música Nossa Senhora do Cabo em Linda-a-Velha (concerto pedagógico com entrada exclusiva a alunos da EMNSC). No programa deste concerto monográfico constam seis obras de Jorge Peixinho, compositor editado pelo MIC.PT; são elas: Remake (1985), Welkom (1972), O Canto da Sibila (1976), Leves Véus Velam… (1981), Coração Habitado (1966) e Deux pièces meublées (1988).

No próximo dia 3 de Dezembro, no contexto do XII Ciclo de Música Actual, organizado pelo Centro Nacional de Difusión Musical e pela Sociedad Filarmónica de Badajoz (Espanha), o Síntese – Grupo de Música Contemporânea sob a direcção de Pedro Neves, dará um concerto que no programa inclui obras dos três compositores editados pelo MIC.PT: Christopher Bochmann (Asas; 2020), Hugo Vasco Reis (Some Lines Mixing a Color; 2019) e João Pedro Oliveira (A Delicada Essência dos Sonhos; 2020). Neste espectáculo que será transmitido on-line (>> ligação), o Síntese – GMC interpretará ainda a música de Ana Seara, Rúben Borges e Jesús Torres.

No dia 2 de Dezembro decorrerá mais um Recital em Directo Antena 2 (>> ligação), a partir do O'culto da Ajuda em Lisboa, no âmbito do qual o guitarrista Júlio Guerreiro apresentará um programa inteiramente dedicado à música de compositoras e compositores residentes em Portugal. «Este programa é uma amostragem de colaborações entre intérprete e compositores em Portugal, no panorama instrumental da guitarra. Representa um percurso criativo que se inicia na reflexão conjunta do que pode ser a obra, passando pelo momento de revisão que antecipa o acto interpretativo, que por natureza, iludirá sempre uma conclusão definitiva» – diz o intérprete, que por esta ocasião apresentará a música de: Ângela da Ponte (Música para um ateliê), Ângela Lopes (Iulius; estreia absoluta), António de Sousa Dias (Ondas/ Distâncias), Eli Camargo Jr. (Textura das cores sombrias) e Filipe Pires (Figurations VII). O live streaming do recital será realizado no >> Canal YouTube da Miso Music Portugal.

O Ensemble DME convida novamente o seu público para assistir a um desafio inédito num concerto com concisas explicações sobre as explorações no domínio temporal, com música do século XX e XXI. O programa deste espectáculo inclui obras dos três compositores editados pelo MIC.PT: Daniel Moreira (Noctis Lumina para viola), Paulo Ferreira-Lopes (Purity I para ensemble e electrónica) e Jaime Reis (Sangue Inverso: Obsidiana · Inverso Sangue: Cinábrio para três instrumentos); e ainda obras basilares do século XX, dos incontornáveis – Brian Ferneyhough, Elliott Carter e Gérard Grisey. A reposição deste concerto intitulado Vortex Temporum, geometrias do inelidível, que foi estreado no passado mês de Novembro em Castelo Branco e no qual o Ensemble DME é dirigido por Pedro Pinto Figueiredo, terá lugar novamente no próximo dia 20 de Dezembro na Casa Municipal da Cultura de Seia.

«Este ano, a Covid-19 obrigou-nos a adiar o Festival de Música da Primavera para a época das chuvas» – enfatizam os organizadores desta iniciativa anual da Proviseu/ Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. José Azeredo Perdigão, com a direcção artística de José Carlos Sousa. Nesta 13.ª edição do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu, a decorrer entre 28 de Novembro e 19 de Dezembro, o público pode assistir de forma segura a concertos on-line ( >> ligação). O programa do 13.º FIMPV abrange música de vários géneros e estilos, incluindo também estreias absolutas, na interpretação de Aldovino Munguambe e Vasco Fazendeiro (marimbas), dos três compositores e de uma compositora, editados pelo MIC.PT: Ângela Lopes (Negro Alba), José Carlos Sousa (Letráceas), Cândido Lima (BAGATELA para marimba e electrónica – 1770-2020 [Beethoven]) e Pedro Rebelo (Music by Wood).

Respondendo de uma maneira activa à situação imposta pela pandemia Covid-19, em Dezembro o Festival Música Viva 2020 organiza uma Extensão Emergência, para assim realizar dois concertos que por razões de force majeure foram cancelados no passado mês de Novembro. Neste sentido, nos próximos dias 9 e 10 de Dezembro o O'culto da Ajuda em Lisboa acolherá, respectivamente, o Lisbon Ensemble XX/ XXI, artisticamente dirigido por Pedro Pinto Figueiredo e o Borealis Ensemble com António Carrilho (flautas de bisel), Sara Braga Simões (soprano), Helena Marinho (piano) e Catherine Strynckx (violoncelo). Os dois grupos apresentarão programas inteiramente dedicados à música de compositoras e compositores residentes em Portugal. No primeiro, o Lisbon Ensemble XX/ XXI interpretará obras dos compositores editados pelo MIC.PT: Gonçalo Gato (estreia portuguesa de Now State), Hugo Vasco Reis, Jaime Reis, João Quinteiro (estreia absoluta de Euridice, sete da manhã) e Jorge Peixinho; e ainda uma peça de Emmanuel Nunes. No segundo concerto, o Borealis Ensemble apresentará o programa Este som de o mar praiar com peças de: Fernando C. Lapa, Hugo Vasco Reis, Isabel Soveral (compositores editados pelo MIC.PT), António Fragoso, Berta Alves de Sousa, David de Souza, Ernesto de Mello e Castro, Fernando Lopes-Graça, Frederico de Freitas, Nuno da Rocha, Rui Soares da Costa, Vasco Negreiros e Vianna da Motta. «Este som de o mar praiar, verso retirado da Mensagem (1934) de Fernando Pessoa, evoca os sons de um mar inatingível ou utópico, remetendo para uma dimensão essencial da identidade portuguesa, a sua complexa relação com o mar» – revelam os músicos do Borealis na nota de programa. Os espectáculos terão a transmissão em directo através do >> Canal YouTube da Miso Music Portugal.

Amílcar Vasques-Dias (AVDias0018)
Unha-gata (2015) · versão para clarinete baixo, tuba
e piano

Jaime Reis (JReis0006)
Fluxus, Dimensionless Sound (B) (2012-17) · flauta e electrónica

Sofia Sousa Rocha (SSRoc0006)
Fala do Velho do Restelo ao Astronauta (2014) · narrador, ensemble e electrónica

No passado mês de Novembro o MIC.PT lançou uma nova Página de Intérprete dedicada ao guitarrista e docente José Teixeira, natural de Fafe, licenciado em Guitarra Clássica pela Universidade do Minho na classe de Ricardo Barceló. José Teixeira apresenta-se regularmente em recitais, quer a solo, quer em grupos de câmara ou orquestra, tendo no seu repertório obras de vários compositores portugueses dos séculos XX e XXI, nomeadamente: Fernando C. Lapa, Fernando Lopes-Graça, José Mesquita Lopes, Sérgio Azevedo e Vítor Rua. José Teixeira participou enquanto intérprete na gravação do CD Pleiades (com a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins), pioneiro na música de plectro em Portugal. Juntamente com o guitarrista Luís Miguel Leite iniciou o projeto Música Contemporânea Portuguesa para Guitarra do qual resultou um disco homónimo, lançado em Outubro.