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Nascido em Lisboa, mas fixado no Porto desde 1960, Filipe Pires é autor de vasta obra vocal, instrumental e electroacústica, nas modalidades de câmara, sinfónica, teatro musical e bailado. Iniciou a sua carreira musical como pianista, logo após ter obtido, em 1950, o 1º Prémio da Juventude Musical Portuguesa. Concluiu, alguns anos mais tarde, os Cursos Superiores de Piano e Composição no Conservatório Nacional em Lisboa, onde foi discípulo de Artur Santos, Lúcio Mendes e Croner de Vasconcellos. Como bolseiro do Instituto de Alta Cultura, estudou durante três anos na Alemanha e na Áustria, apresentando-se então em vários países da Europa, como pianista e compositor. De regresso a Portugal, em 1960, foi nomeado Professor de Composição do Conservatório de Música do Porto, ocupando, durante dez anos, o lugar deixado vago pelo compositor Cláudio Carneyro. Durante este período, leccionou também no Conservatório Regional de Braga e na Academia de Música de Vila da Feira, ao mesmo tempo que exercia a crítica musical no "Jornal de Notícias". Entretanto, a expensas da Fundação Gulbenkian, seguia alguns dos cursos regidos por Boulez e Stockhausen em Darmstadt e efectuava um estágio de dois anos em Paris, consagrado à música electroacústica, sob a orientação de Pierre Schaeffer. Novamente em Portugal, desempenhou funções docentes e directivas no Conservatório Nacional em Lisboa, participando activamente na elaboração da "Experiência Pedagógica", nos primeiros anos da década de 1970. De 1975 a 1979, Filipe Pires encontra-se de novo em Paris, como Especialista de Música no Secretariado Internacional da UNESCO. Como representante desta organização, foi enviado em missões oficiais a vários países da Europa de Leste, da África e da América Latina. Também em representação de diversos organismos nacionais ou para apresentação das suas obras, tem efectuado viagens aos Estados Unidos da América e à Rússia. Premiado em concursos internacionais de Composição em Nápoles, Colónia e Liège, é também detentor do Prémio Nacional Calouste Gulbenkian, que consagrou em 1968 a sua obra coral-sinfónica Portugaliae Genesis. Muitas das suas obras encontram-se editadas em Portugal, Itália e Alemanha e gravadas em discos da Secretaria de Estado da Cultura, da Numérica e da Educo (EUA). Em Portugal, Filipe Pires exerceu já diferentes cargos, como Presidente da Juventude Musical Portuguesa, membro da Comissão Nacional da UNESCO, Director da Academia de Música de Paços de Brandão, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, membro do Conselho Artístico da Cooperativa Sinfonia e Vogal da Comissão Instaladora da Escola Superior de Música do Porto. Nesta Escola é, actualmente, Professor de Composição. Em 1997, foi nomeado Director Artístico da Orquestra Nacional do Porto, cargo que desempenhou durante dois anos.