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Constança Capdeville (1937-1992) Em Foco no MIC.PT em Novembro
Em 2022 Constança Capdeville (1937-1992) teria feito 85 anos, sendo esta uma das razões para dedicar o Em Foco do MIC.PT de novembro a esta compositora, uma das personalidades mais importantes na música portuguesa do século XX.
Compositora, pianista, percussionista, e uma grande impulsionadora do meio musical português, Constança Capdeville influenciou tanto os compositores como os intérpretes da música erudita contemporânea, a quem transmitia as suas ideias do teatro-música. Ao longo da sua vida fundou vários grupos, nomeadamente o Convivium Musicum e o ColecViva. A sua atividade de compositora foi sempre acompanhada pela de intérprete de piano e percussão e, nessa qualidade, colaborou com os Menestréis de Lisboa e com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Notabilizou-se também no ensino de Composição – a sua abordagem muito própria na atividade pedagógica marcou os seus discípulos, alguns hoje compositores e intérpretes reconhecidos.
Constança Capdeville deixou-nos há 30 anos e é hoje, mais do que nunca, que a sua obra precisa de uma atenção reforçada e urgente para a manter viva e constantemente atualizada. Neste sentido, no Mês Constança Capdeville, promovido pela Miso Music Portugal em parceria com a Musicamera Produções, o MIC.PT lança na secção Em Foco de novembro o Questionário – Oito olhares sobre Constança Capdeville, dirigido a oito pessoas que tinham uma ligação profissional e/ ou pessoal com a compositora e que se dedicam à investigação da sua obra.
Adicionalmente, em novembro terão lugar várias iniciativas centradas na obra de Constança Capdeville. Nos dias 4 e 5 de no Teatro Aberto em Lisboa, no contexto da 4.ª edição do Festival CriaSons, será apresentado o espetáculo de teatro-música FE..DE..RI..CO..., uma recriação moderna da obra de Constança Capdeville de 1987. No dia 18 de novembro, no âmbito do Festival Música Viva 2022 no O’culto da Ajuda em Lisboa, será lançado, numa edição da Miso Records, um novo CD monográfico de António de Sousa Dias que inclui uma obra dedicada a Constança Capdeville e que utiliza uma gravação da voz da própria compositora. A 27 de novembro, também no O’culto, numa organização conjunta do MIC.PT, da Miso Music Portugal e da Musicamera (membros da Plataforma riZoma), terá lugar uma Mesa Redonda Compreender e Celebrar Constança Capdeville, com a participação de António de Sousa Dias, Joana Sá, Luís Pacheco Cunha, Miguel Azguime e Rui Vieira Nery. E por fim, no mesmo dia no contexto do Concerto Final do Música Viva 2022 no Centro Cultural de Belém, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção de Pedro Neves, interpretará a obra Que mon chant ne soit plus d’oiseau, (1991) de Constança Capdeville. Esta é a derradeira composição para orquestra que a compositora escreveu mesmo antes do seu falecimento em 1992, e que volta a poder ser dada a ouvir, 30 anos mais tarde, graças a uma edição do MIC.PT, cuja notação atual é uma realização de António de Sousa Dias.
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Atividade · Compositoras e Compositores Editados pelo MIC.PT
Em novembro – “Mês Constança Capdeville”, António de Sousa Dias (compositor editado pelo MIC.PT), participa em várias iniciativas centradas na obra da compositora, sendo consultor artístico do espetáculo FE..DE..RI..CO..., uma recriação moderna da obra de Constança Capdeville de 1987 a partir da investigação de Filipa Magalhães. O espetáculo será apresentado durante o 4.º Festival CriaSons, nos dias 4 e 5 de no Teatro Aberto em Lisboa. A 18 de novembro, no âmbito do Festival Música Viva 2022 no O’culto da Ajuda, será lançado um novo CD monográfico de António de Sousa Dias que inclui uma obra dedicada a Constança Capdeville. A 27 de novembro, também no O’culto, terá lugar uma Mesa Redonda Compreender e Celebrar Constança Capdeville, com a participação de António de Sousa Dias, Joana Sá, Luís Pacheco Cunha, Miguel Azguime e Rui Vieira Nery. No mesmo dia, no Concerto Final do Música Viva 2022 no CCB, a Orquestra Metropolitana de Lisboa interpretará a obra Que mon chant ne soit plus d’oiseau, (1991) de Constança Capdeville, cuja notação atual é uma realização de António de Sousa Dias. E por fim, a ópera Manifesto NaDa (2022) com a música de António de Sousa Dias e a encenação de Alexandre Lyra Leite (a partir de Manifestos DADA de Tristan Tzara), será apresentada a 30 de novembro no Teatro Aberto em Lisboa no contexto do Festival CriaSons.
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Carlos Alberto Augusto, compositor editado pelo MIC.PT cuja atividade se centra na música para teatro e no teatro-música, é consultor artístico no contexto da recriação moderna do espetáculo FE..DE..RI..CO... (1987) de Constança Capdeville, que será apresentada a 4 e 5 de novembro no Teatro Aberto em Lisboa, durante a 4.ª edição do Festival CriaSons, uma iniciativa da Musicamera Produções. Esta recriação, realizada a partir da investigação da musicóloga Filipa Magalhães, mantém-se fiel ao objeto artístico original, mas procura pistas para a renovação do teatro-música, permitindo o seu acesso às novas gerações de intérpretes e espectadores. O espetáculo FE...DE...RI..CO... foi imaginado e dirigido por Constança Capdeville, partindo da obra poética, plástica e musical de Federico Garcia Lorca, concebido com o intuito de comemorar o 50.º aniversário da morte do escritor espanhol. FE...DE...RI..CO..., interpretado pelo ColecViva, estreou na sala polivalente do Centro de Arte Moderna (CAM), promovido pelo ACARTE (Fundação Calouste Gulbenkian), no dia 10 de janeiro de 1987. A versão moderna do espetáculo conta com a participação de: Ângelo Cid Neto (movimento), Inês Filipe (piano), Joana Manuel (atriz), Mário Franco (contrabaixo), Miguel Maduro-Dias (voz), Taíssa Poliakova Cunha (piano/ percussão), Filipa Magalhães e Élio Correia (recriação cénica, produção), entre outros intervenientes.
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A obra Clepsidra (1998) para orquestra de cordas de Carlos Caires (compositor editado pelo MIC.PT) será interpretada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direção de Sylvain Gasançon, a 5 de novembro na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. «O universo criativo de Carlos Caires distingue-se pela cuidada exploração de texturas sonoras ao longo do tempo. Quando compôs Clepsidra, propôs-se refletir, precisamente, sobre essa dimensão temporal da Música, com base numa articulação de padrões rítmicos que evoluem em processos graduais e repetitivos...» – escreve Rui Campos Leitão na nota de programa. O programa deste concerto incluirá também a música de Beethoven e Brahms. Adicionalmente, a instalação sonora de Carlos Caires, Lugares invisíveis, criada com a fotógrafa Sofia Nunes, será apresentada no âmbito do Simpósio Cultura e Sustentabilidade (12-13 de novembro, Lisboa Incomum).
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A nova obra para orquestra, Quinquatria (2022) de Christopher Bochmann, será estreada pela Orquestra Sinfónica Juvenil (OSJ), no próximo dia 14 de novembro no São Luiz Teatro Municipal em Lisboa. O programa deste concerto, sob a direção de Christopher Bochmann, incluirá ainda uma outra obra da autoria deste compositor editado pelo MIC.PT, Lupercalia de 2002, e ainda a 5.ª Sinfonia de Beethoven e a Abertura “Carnaval Romano” de Berlioz. «Há 10 anos escrevi a peça Lupercalia para grande orquestra, baseada nas práticas daquele feriado dos tempos da Roma antiga. Quinquatria acrescenta mais uma, numa série de quatro peças, que se referem às festas da Roma antiga: Quinquatria, festival dedicado à deusa Minerva, incluía momentos de cerimónia, de luta entre gladiadores e concursos de poesia» – revela Christopher Bochmann na nota de programa.
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A peça Storyboard (2003) para piano a quatro mãos, de Fernando C. Lapa (compositor editado pelo MIC.PT), está incluída no programa do concerto dos pianistas Luís Duarte e Lígia Madeira, que terá lugar no próximo dia 8 de novembro no Teatro Municipal da Covilhã. A este Duo, vencedores dos Prémios Play da Música Portuguesa 2022 na Categoria de Melhor Álbum de Música Clássica com o CD Portuguese Music for Piano Duo, juntar-se-á António Victorino d'Almeida (comentários), numa viagem pelo repertório para piano a quatro mãos. No dia 19 de novembro, na Casa do Alentejo em Lisboa, terá lugar o concerto de lançamento do CD Cantares do Alentejo, com a obra Cantares do Alentejo – Prelúdio e três suites para trio de guitarras (2022) de Fernando C. Lapa interpretada pelo Bracara Augusta Guitar Trio. No mesmo dia, no Teatro de Vila Real, Fernando C. Lapa e Carlos Azevedo participarão na sessão do ciclo Conversas de Bastidores, com a moderação da jornalista Carla Carvalho. Este é um ciclo de «conversas descomprometidas, que prometem desvendar mitos e curiosidades, aguçar o espírito crítico de quem é frequentador das salas de espetáculos, e ficar a conhecer mais de perto como acontece o processo de criação. Tudo sem intermediários» – anunciam os organizadores.
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Filipe Lopes (compositor editado pelo MIC.PT) e Rodrigo Malvar, são os autores da composição musical para a criação teatral Voz (Teatro do Frio/ Sopa de Pedra), cuja estreia terá lugar no início deste mês no Teatro Carlos Alberto/ Teatro Nacional São João no Porto, com os espetáculos a decorrer entre os dias 3 e 6 de novembro. Dramaturgia original entre o concerto e o espetáculo de teatro físico, Voz relaciona o canto polifónico e spoken word propondo uma experiência sonora, visual e imersiva, que reúne em palco o Teatro do Frio e Sopa de Pedra numa coprodução com o Teatro Nacional S. João e o Teatro Municipal da Guarda. Voz assume a caixa de palco e seus mecanismos como arena concetual e metafórica que exponencia o sentido mágico da experiência cinestésica e lúdica. A relação intencional entre a expressividade física e vocal dos intérpretes com a plasticidade da luz e do som aprofunda, na sucessão de estímulos e imagéticas, a experiência física e emocional do espectador. Cada palavra, como cada gesto, é aqui um lugar de encontro e ressonância a partir da imaterialidade da voz. Na segunda metade do mês, mais precisamente no próximo dia 18 de novembro, o espetáculo Voz será apresentado no Teatro Municipal de Vila Real.
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Durante o mês de novembro Hugo Vasco Reis (compositor editado pelo MIC.PT) terá interpretações das suas peças na Chéquia, Croácia e Portugal. A obra Quasi Ritorno (2022), para três guitarras, será estreada pelo Trio Elogio no dia 11 de novembro no Centro Cultural Osijek (Osijek, Croácia). A instalação Film Book Film (2022), com conceito e vídeo de Tatiana Macedo e música de Hugo Vasco Reis, será apresentada da Galeria Nuno Centeno (Porto) a 19 de novembro. A peça Colors Seen in Silence II (2020) será interpretada por Marco Pereira (flauta) e Lígia Madeira (piano) no dia 22 de novembro, no auditório do Conservatório de Música do Porto. A peça Música para uma Passamanaria (2021), para flauta e flauta baixo, será apresentada por Marina Camponês e Clara Saleiro no dia 24 de novembro no O’culto da Ajuda em Lisboa, no âmbito do Festival Musica Viva 2022. E por fim, a obra Colors Seen in Silence I (2019) será interpretada por Victor Pereira (clarinete) e Vítor Pinho (piano), no dia 25 de novembro no auditório do Centro Cultural de Chaves.
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Em novembro a música de Igor C. Silva (compositor editado pelo MIC.PT) será apresentada na Dinamarca e em Espanha. No dia 10 a peça Your Trash (2016), para percussão, eletrónica e vídeo, será interpretada por Kalle Hakosalo durante o MINU 2022 Festival em Copenhaga. Neste concerto, cujo programa inclui também obras de Celeste Oram, Mark Applebaum, Anna Sowa e Kalle Hakosalo, o intérprete segue os papéis expansivos assumidos pelos percussionistas contemporâneos, exibindo-se como um arquivista autobiográfico de lixo digital, um performer acelerado de rituais dadaístas, um instrumento para a participação do público na gamificação e um escultor da bateria. Outra obra de Igor C. Silva, Smart-alienation (2016), para pequeno ensemble flexível, eletrónica e vídeo, será interpretada pelo Arxis Ensemble, a 25 de novembro no Estúdio Follow em A Coruña. Durante a Temporada de 2022 Igor C. Silva é Compositor Residente deste grupo dedicado à música da atualidade, cujo objetivo é constituir um ponto de encontro entre criadores, performers e públicos.
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RIZOMA
logo · riZoma
riZoma · Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical
riZoma é uma rede formada por um conjunto alargado de entidades portuguesas ativas ligadas à criação, à educação, à interpretação e à investigação, com larga experiência no contexto da música erudita contemporânea. A Plataforma riZoma foi criada para estabelecer o diálogo e a articulação entre as entidades que a constituem e para falar a uma só voz junto do público e das tutelas, dando protagonismo ao esforço perpetrado por muitos e criando uma força nova que assenta no valor inestimável que a música erudita contemporânea criada em Portugal tem para a identidade cultural do nosso país.
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MÚSICA DE INVENÇÃO E PESQUISA
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· 11/ 11 · 1h00 · Antena 2 ·
Festival Música Viva 2022
Segundo programa inteiramente dedicado ao Festival Música Viva 2022 – que decorrerá entre os dias 18 e 27 de novembro – em diálogo com Miguel Azguime, diretor artístico do festival. O Festival Música Viva tem como missão fundamental o fomento e a divulgação da criação musical contemporânea. Trata-se de uma iniciativa da Miso Music Portugal especialmente dedicada aos compositores e intérpretes portugueses e às relações da música com a tecnologia. O Festival Música Viva completa em 2022 a sua 28.ª edição, com os ouvidos sempre postos no futuro.
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· 25 / 11 · 1h00 · Antena 2 ·
Edições discográficas com música de compositores portugueses
Um programa dedicado à apresentação de edições discográficas recentes com música de compositores portugueses. Neste Música de Invenção e Pesquisa damos a conhecer alguma da música mais estimulante que atualmente se faz em Portugal através de gravações recentes de música de câmara escrita nos nossos tempos e para os nossos tempos.
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Novas Partituras no MIC.PT
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A edição de partituras pelo MIC.PT tem como alvo a divulgação de partituras de obras de compositoras e compositores residentes e ativos em Portugal, fomentando a sua escolha por parte de músicos e programadores, e ainda o seu estudo no meio académico.
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novos CD no MIC.PT
ed. MPMP
Ascolta I · Astrus Duo
Obras de: Daniel Bernardes ( Fragmentos, interlúdio e canção IV · 2018), João Pedro Oliveira ( Angel Rock · 2011), João Quinteiro ( Canção I – I Ascolta · 2020), Telmo Marques ( Scenes From The City · 2007) e Paulo Jorge Ferreira ( Pattern · 2017-2018); na interpretação do Astrus Duo, com Manuel Teles (saxofone) e Paulo Amendoeira (percussão).
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estreias recentes
João Pedro Bastos
Seis Visões Sobre o Inferno de Gropius>> ver obra
1/ 10, Prémio Jovens Músicos/ Festival Jovens Músicos 2022, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
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11/ 10, Recital em Direto da Antena 2, O'culto da Ajuda, Lisboa
Elsa Silva (piano)
Vítor Vieira (violino)
Filipe Quaresma (violoncelo)
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em palavra a noite>> ver obra
Sete miniaturas>> ver obra
14/ 10, Salon Europa #2, Deutsch-Französisches Kulturinstitut, Tübingen
Razvan Marin Gheorghiu (oboé)
Andrea Conangla (soprano)
Domingos Soares Costa (piano)
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Solange Azevedo
Na (de)formação de um desejo>> ver obra
15/ 10, Casa da Música, Porto
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Álbum de Leoš Janáček>> ver obra
21/ 10, Museu Nacional da Música, Lisboa
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Francisco Lima da Silva
Cidades Submersas>> ver obra
29/ 10, Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa
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As obras de Jaime Reis, Inverso Sangue: Cinábrio para trio de cordas e Inverso Sangue: Granito para violino, clarinete e violoncelo, ambas de 2017, serão interpretadas pelo Ensemble DME no âmbito do concerto intitulado Gerações de compositores portugueses, que terá lugar a 5 de novembro no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco. O programa do concerto incluirá também a música de Carlos Caires e Sara Carvalho (compositores editados pelo MIC.PT), e ainda de Dimitris Andrikopoulos e Emmanuel Nunes. Outra criação de Jaime Reis, a obra eletroacústica Fluxus, pas trop haut dans le ciel (2017) para sistema em forma de cúpula (16 canais), será apresentada no contexto do Festival Espacios Ressonantes (Recoleta, Chile), que terá lugar entre os dias 14 e 19 de novembro. Por fim, este compositor editado pelo MIC.PT irá participar também no Simpósio Cultura e Sustentabilidade que decorrerá nos dias 12 e 13 de novembro no espaço Lisboa Incomum, sendo uma iniciativa do Festival DME coorganizada com o Centro de Ciências do Mar (CCMAR). A quinta edição deste Simpósio, cujo programa inclui vários workshops, conferências e dois concertos, visa incentivar uma discussão interdisciplinar (artística, científica e política) sobre os papéis que as práticas artísticas podem assumir em prol da consciência ambiental, intervindo na discussão sobre a sustentabilidade e ecologia.
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João Castro Pinto foi selecionado, no âmbito de um call, para efetuar uma residência no centro DOCK ZUID em Tilburgo (Países Baixos), a qual irá decorrer entre os dias 3 e 16 de novembro. A residência destina-se à composição de uma nova peça de soundscape composition baseada na paisagem sonora da cidade de Tilburgo. No contexto desta residência o compositor será entrevistado para um podcast, e no dia 13 dará um concerto e uma pequena conferência sobre o seu trabalho. Ainda nos Países Baixos, João Castro Pinto participará na iniciativa Field Recordings IV, organizada pelo WORM em Roterdão, em que terá lugar a estreia de um excerto da peça FAUX NATUREL do seu novo CD monográfico homónimo de soundscape composition (ed. Belga Unfathomless), cujo lançamento decorrerá durante este evento. Por fim, Efluxo, uma peça de soundscape composition deste compositor compositor editado pelo MIC.PT encomendada pelo Festival Lisboa Soa 2021, foi selecionada num universo de mais de 400 propostas para o Festival Internacional/ Conferência de música eletroacústica Sound – Image 2022, organizado pela Universidade de Greenwich em Londres, e que decorrerá entre 18 e 20 de novembro. João Castro Pinto espacializará Efluxo através da Orquestra de Altifalantes do Sound – Image no dia 19 de novembro no Stockwell Street Building da Universidade de Greenwich.
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Em novembro, a nova ópera audiovisual de João Pedro Oliveira intitulada A 70.ª Semana (2021-2022) será apresentada no contexto de três concertos: no dia 11 na Lotte Lehmann Concert Hall (University of California) em Santa Barbara (EUA); no dia 21, no contexto do Festival Música Viva 2022 no O'culto da Ajuda em Lisboa; e no dia 25 na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. «O Livro de Daniel é provavelmente um dos textos mais misteriosos da Bíblia, que descreve diversas profecias enigmáticas que podem ser interpretadas de várias formas, algumas delas relacionadas com o tempo presente» – diz este compositor editado pelo MIC.PT. E continua: «Esta ópera audiovisual inclui vários eventos da vida de Daniel e dos seus companheiros, bem como as três principais profecias. A 70.ª Semana é uma delas e refere-se a um estado de guerra constante, sacrilégio e destruição, que finalmente levará a uma transformação do mundo num novo espaço de paz e justiça. A ação operática é reinterpretada numa projeção com várias imagens e sons gerados por computador, assim como intervenções vocais e movimentos de dança pré-gravados».
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A peça Clouds (2020), para saxofone e eletrónica, de Lino Guerreiro (compositor editado pelo MIC.PT), será estreada por João Pedro Silva no próximo dia 5 de novembro no Convento dos Capuchos em Almada, no âmbito do concerto Contemporaneidades organizado pelo MPMP Património Musical Vivo. «Sim, parecia mais um daqueles dias de chuva, típicos de um inverno dos quais só tenho uma memória muito vaga, quando os invernos eram mesmo a sério» – escreve Lino Guerreiro nas notas de programa sobre a peça Clouds. E continua: «Aquelas tardes inteiras a chover, que acabavam inevitavelmente com uma enxurrada vinda da serra, que fazia o rio transbordar, deixando-nos isolados por um ou mais dias, sem conseguir sair de casa. E hoje, passados estes anos todos, recordo-me que na altura tinha sempre a sensação de que poderia ser ainda pior...» O programa deste concerto, que marca o pré-lançamento de um novo CD com o ciclo Figurações de Filipe Pires, e que conta ainda com a participação de Marco Fernandes (marimba e vibrafone) e Edward Ayres de Abreu (comentários), inclui também a música de Alexandre Delgado, Andreia Pinto-Correia, Eurico Carrapatoso e Filipe Pires.
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O espetáculo Cosi run tutti, uma coprodução da Interferência e do Teatro da Palmilha Dentada, com a composição musical de Manuel Brásio (compositor editado pelo MIC.PT) e de José Tiago Baptista, será estreado no próximo dia 4 de novembro no Teatro Municipal de Vila Real e estará em digressão até março de 2023. Com o texto, a encenação e a cenografia de Ricardo Alves, « Cosi run tutti era para ser uma ópera contemporânea, o cruzamento das estéticas e linguagens do Teatro da Palmilha Dentada e da Interferência, garantindo uma modernidade oportuna. Infelizmente a coisa correu mal. Não é fácil o cruzamento entre o humor da Palmilha e a erudição da música contemporânea da Interferência...» – revelam os criadores do espetáculo. E continuam: «O resultado final – de nome Cosi run tutti, numa tradução muito livre assim fogem todos – não passa de uma reflexão sobre estéticas e a relação entre os criadores e os seus públicos, sobre a importância das políticas culturais e da riqueza e importância dos projetos artísticos pessoais e coletivos para lá das modas dominantes. Mas, apesar de tudo, o resultado final tem música, humor e cantoria. Já o Mozart, está inocente de toda esta confusão».
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A peça Aliterações de Água (2017) para soprano e eletrónica, de Miguel Azguime (compositor editado pelo MIC.PT), será apresentada por Camila Mandillo no concerto de abertura do Festival Música Viva 2022, que terá lugar a 18 de novembro no O'culto da Ajuda em Lisboa. O programa deste concerto na interpretação do Sond'Ar-te Electric Ensemble sob a direção de Pedro Neves, incluirá também duas obras em estreia: Die sieben Worte Jesu Christi am Kreuz (2019) de Paulo Ferreira-Lopes (compositor editado pelo MIC.PT) e All endings are sad, all endless things are impossible to bear (2022) de Luís Salgueiro; e ainda a obra Voi(REX) (2002) de Philippe Leroux. Adicionalmente, durante o Música Viva 2022, de 20 a 22 de novembro no O'culto, Miguel Azguime irá ministrar o workshop, Mãos na massa do som, dedicado à interpretação eletroacústica com a Orquestra de Altifalantes da Miso Music Portugal, e que incluirá espacialização de obras eletroacústicas propostas pelos participantes. Este workshop será também orientado pelos compositores Jonty Harrison e Kees Tazelaar, que juntamente com Miguel Azguime constituem o júri do 23.º Concurso Internacional de Composição Eletroacústica Música Viva 2022.
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A nova obra de Sara Carvalho (compositora editada pelo MIC.PT), o último poema à cidade (2022) para flauta baixo e clarinete baixo amplificados, será estreada pela flautista Mafalda Carvalho e e pelo clarinetista Carlos Silva, no próximo dia 5 de novembro no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco. O programa deste concerto na interpretação do Ensemble DME e intitulado Gerações de compositores portugueses, incluirá também a música de Carlos Caires e Jaime Reis (compositores editados pelo MIC.PT), e ainda de Dimitris Andrikopoulos e Emmanuel Nunes. Na entrevista dada ao MIC.PT em dezembro de 2014 Sara Carvalho disse: «Não sinto a necessidade de me integrar num corrente específica, sendo que a minha abordagem composicional e o ato de criar são bastante intuitivos e emocionais. A forma como eu me aproximo da ideia implica sempre um processo sensorial enorme».
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A peça Mulher (2019) para mezzo-soprano e piano de Sofia Sousa Rocha, com o poema de Yvette K. Centeno, será estreada pelo Yara Ensemble (Sarah Stone, mezzo-soprano; Alexandra Mascolo-David, piano), a 5 de novembro no Kentucky Country Day Theater em Louisville (EUA). O programa deste concerto, Across Frontiers: Our Lives, Our Truths, Our Loves., incluirá também novas obras de Fátima Fonte, Francisco Fontes, Sara Ross, Evan Ware, Sepehr Pirasteh e Jay Batzner. Outra obra desta compositora editada pelo MIC.PT, a ópera Lugar Comum (2021-2022), será estreada a 25 e 26 de novembro pelo Quarteto Contratempus, no Grande Auditório do Teatro Municipal Rivoli do Porto. Esta ópera conta com a parceria da Santa Casa da Misericórdia do Porto no âmbito do projeto Mudando o que tem de ser mudado, cujo objetivo é promover a consciencialização e sensibilização para o fim da violência contra a mulher.
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Vítor Rua, compositor editado pelo MIC.PT, é autor da música para a peça Roti que será apresentada de 9 a 27 de novembro no Gabinete Curiosidades Karnart em Lisboa. Como dizem os criadores do projeto: «Terceira parte do políptico sobre a vida e a obra de Michelangelo, Roti exige do público a atenção do cientista, a dedicação do marionetista, a contemplação do melómano, num espetáculo-exposição site-specific de participação ativa. Ao som do duo de música contemporânea The Banksy’s ( Vítor Rua e Ilda Teresa Castro) o público é convidado a investigar, por via de livros, mapas, esquemas, puzzles, objetos, o processo de construção das partes anteriores do até aqui tríptico: uma viagem sonora, um mergulho na manufactura do perfinst».
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Festival Música Viva 2022 A 28.ª edição do Festival Música Viva, uma iniciativa da Miso Music Portugal, irá decorrer entre os dias 18 e 27 de novembro em Lisboa, no O'culto da Ajuda e no CCB – Centro Cultural de Belém (concerto de encerramento). Em termos de programação, o Festival Música Viva 2022 prossegue as suas habituais linhas de força, nomeadamente com uma forte presença da música portuguesa (intérpretes e compositores), com uma especial atenção para as relações da música com a tecnologia, e dando a conhecer um número importante de obras em estreia. Neste sentido o programa do Festival incluirá a música de vários compositores editados pelo MIC.PT, nomeadamente: Ângela da Ponte, António Ferreira, Constança Capdeville, Filipe Esteves, Gonçalo Gato, Hugo Vasco Reis, João Quinteiro, Luís Neto da Costa, João Pedro Oliveira, Miguel Azguime e Paulo Ferreira-Lopes. Propondo nomes consagrados lado a lado com novíssimos, compositores e intérpretes, o Música Viva apresenta este ano 13 concertos, cursos e o Concurso Internacional de Composição Eletroacústica – Música Viva. Ao todo serão apresentadas cerca de 60 obras, das quais 30 são de compositores portugueses; 40 obras em primeira audição em Portugal, das quais 12 em estreia absoluta. O Música Viva é um espaço de circulação e confronto de ideias e de estéticas, revelando caminhos, provocando trocas e intercâmbios, para uma compreensão total do que seja música hoje, como desde sempre. O Festival mostra também a vitalidade e a qualidade da criação musical portuguesa, afirmando a urgência de dar mais meios e condições de desenvolvimento e projeção a esta música que empurra o futuro e torna o presente mais rico e necessário.
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NOVIDADES MIC.PT
Comissão de Coordenação · riZoma – Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical No passado mês de outubro a Assembleia Geral das entidades-membros da riZoma escolheu a Comissão de Coordenação da Plataforma constituída por cinco entidades (ordem alfabética): 1. Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa – MIC.PT; 2. Festival DME – Dias de Música Electroacústica; 3. Interferência; 4. MPMP Património Musical Vivo; 5. Musicamera Produções. A Comissão será oficialmente apresentada no Encontro Presencial da riZoma – Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical, que terá lugar no próximo dia 27 de novembro no O'culto da Ajuda em Lisboa.
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Atualidade
Ciclo de Conversas · Ser Músico em Portugal
No dia 5 de novembro no Museu da Música Portuguesa – Casa Verdades de Faria (Monte Estoril) terá lugar o terceiro encontro do Ciclo de Conversas Ser Músico em Portugal, dedicado ao tema Uma Questão de Classe: três séculos de associativismo musical em Portugal, com Rui Vieira Nery, Cristina Fernandes, Manuel Deniz Silva e Tiago Manuel da Hora, que apresentarão ao público alguns dos principais resultados do projeto Profmus – Ser Músico em Portugal, com especial destaque para uma base de dados inédita e dois volumes em livro que terão publicação nos próximos meses. O projeto de investigação PROMFUS (INET-md [NOVA FCSH]), com uma equipa de 23 investigadores, é coordenado pelo professor Rui Vieira Nery.
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Entrevistas MIC.PT
A partir do final do passado mês de outubro no Canal YouTube do MIC.PT estão disponíveis mais duas Entrevistas do ciclo Na 1.ª Pessoa, com Daniel Moreira e João Castro Pinto.
Presentemente o Canal YouTube do MIC.PT contém vídeos com 22 Novas Entrevistas a compositoras e compositores residentes em Portugal realizadas desde 2019, assim como com oito Entrevistas do Arquivo do MIC.PT realizadas entre 2003 e 2005.
Conduzidas por Pedro Boléo, filmadas no O'culto da Ajuda em Lisboa e realizadas no contexto do ciclo Na 1.ª Pessoa das emissões radiofónicas Música Hoje e Música de Invenção e Pesquisa (produzidas pelo MIC.PT e pela Miso Music Portugal para a Antena 2), estas Novas Entrevistas constituem uma (re)visita ao universo criativo dos vários compositores e compositoras editados pelo MIC.PT, dando seguimento às Entrevistas Históricas realizadas pelo MIC.PT há quase 20 anos e que agora constituem registos únicos da evolução da linguagem de cada um dos artistas entrevistados.
Para aceder às Entrevistas sigam as ligações em baixo e/ ou visitem o Canal YouTube do MIC.PT.
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