Compositor e investigador doutorando na FCSH/ Kunstuniversität Graz/ Fondazionne Archivio Luigi Nono e membro do Concrète [Lab] Ensemble, João Quinteiro está Em Foco no MIC.PT em março.
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Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
com electrónica em tempo real
Instrumentação Sintética
2004
11' 00"
Ensemble Instrumental e Electrónica em Tempo Real
Ensemble Instrumental e Electrónica em Tempo Real
Título do documento Anatomia de um Poema Sonoro
Data de Composição· 2004
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
com electrónica em tempo real
Instrumentação Sintética Ensemble Instrumental e Electrónica em Tempo Real
Estreia
Data 2004/Apr/28
Intérpretes
Fabien Sattler (recitante), Mafalda de Lemos (mezzo-soprano), Alexander Berezny (saxofone), Michael Pattmann (percussão), Martin von der Heydt (piano)
Valerio Sannicandro, Luís A. Pena e João Miguel Pais (difusão sonora)
Entidade/Evento Folkkwang Hochschule Essen
Localidade Essen
País Alemanha
Texto
Autor do Texto Jorge de Sena
Título do Poema ou Texto Amor
Autor do Texto Kurt Schwitters
Título do Poema ou Texto An Anna Blume
Notas Sobre a Obra
Anatomia de um Poema Sonoro foi concebida como uma desconstrução fonética da linguagem. A sucessão dos eventos musicais decorre de forma mais ou menos directa do texto que atravessa toda a partitura. Em Anatomia há uma transfiguração concreta da linguagem em música. O texto fornece o universo sonoro e rítmico da peça ao mesmo tempo que ele próprio se transforma em poesia sonora. A música ora é uma instrumentação do texto, ora é texto como música.
Com a excepção do poema de Schwitters “An Ana Blume” o texto usado é baseado no poema de Jorge de Sena “Amor”. Este poema surge transformado numa sucessão de palavras sussurradas e faladas em que o texto original se intercala com frases que dele derivam mas que formam um texto paralelo desprovido do seu sentido original. Um texto nonsense nasce deste modo a partir do poema de Sena e transforma-se naquilo que lhe resta: sons e ritmos; um texto libertado do seu sentido semântico e por isso mesmo carregado de um outro sentido de ordem rítmica e sonora. A citação das três frases do poema de Kurt Schwitters „A Ana Flor“ (“Azul é a cor do teu cabelo louro. Vermelho é o arrulho do teu pássaro verde. Tu teu tu a ti eu a ti tu a mim - Nós?“) surge assim como a culminação simbólica do texto como ritmo e como som.
Os processos de composição usados nesta peça são, por assim dizer, moldados pelo texto e pela sua particular relação com os instrumentos. Este aspecto conduziu à criação de um vocabulário musical que permitisse a passagem maleável entre música e texto. Uma correspondência por vezes directa entre ruídos e consoantes entre tons e vogais. A síntese sonora do texto dá origem à música e a re-síntese da música origina novo texto.
Luís Antunes Pena
Ensemble Mosaik
Mafalda de Lemos (soprano), Fabian Sattler (recitante), Digital Masters (som), Enno Poppe (direcção)
Observações
Anatomia de um Poema Sonoro
Estreia
2004/Apr/28
Folkkwang Hochschule Essen
Essen
Alemanha
Fabien Sattler (recitante), Mafalda de Lemos (mezzo-soprano), Alexander Berezny (saxofone), Michael Pattmann (percussão), Martin von der Heydt (piano)
Valerio Sannicandro, Luís A. Pena e João Miguel Pais (difusão sonora)
Observações
Anatomia de um Poema Sonoro
Execução
2008/Mar/07
ECMC 25th Anniversary International Electroacoustic Music Competition
Eastman School of Music
Rochester, Nova Iorque
Estados Unidos da América
Matt Barber (direcção)
Observações
Anatomia de um Poema Sonoro
Execução
2008/Nov/28
Festival Internazionale di Musica Elettroacustica del Conservatorio Santa Cecilia di Roma
Conservatorio Santa Cecilia di Roma - Sala Accademica