Título do documento Ouçam a Soma dos Sons que Soam...
Data de Composição· 1986
Núm. Catálogo JP 113
Dedicatória
Álvaro Salazar
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (+ de 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética Ensemble Instrumental
Estreia
Data 1986/May/12
Intérpretes
Oficina Musical:
Eduardo Lucena (flauta), Américo Aguiar (clarinete), Carlos Girão Voss (percussão), Jorge Martins (piano), Carlos Fontes (violino), José Manuel da Costa Santos (violino), José Luís Duarte (viola), Gisela Neves (violoncelo), Altino Carvalho (contrabaixo)
Álvaro Salazar (direcção)
Entidade/Evento 10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Esta obra, escrita em 1986 por encomenda da Oficina Musical e dedicada ao seu director, o compositor e maestro Álvaro Salazar, teve, de certo modo, uma origem e uma gestação curiosas. O título é composto por alguns anagramas (formados pelas iniciais dos nomes "Álvaro Salazar" e "Oficina Musical", ligados entre si por palavras onde predominam igualmente as referidas letras) e daí partiu a concepção da própria obra.
Nela avultam, em primeiro lugar, duas dimensões construtivas: uma oriunda da própria constituição instrumental do Grupo da Oficina Musical (quinteto de cordas, flauta e clarinete, piano e percussão), outra derivada de uma interpretação simbólica do título. Daí o carácter de quase "improviso" da obra ("impromptu" ou "improvisação"), onde os vários elementos constitutivos da obra se desenvolvem autonomamente segundo as suas específicas lógicas internas e de acordo com as características essenciais do instrumento "veicular". Nesse aspecto, procurei desenvolver e expandir certas premissas construtivas que explorei (de um modo bastante distinto, é claro) em O Jardim de Belisa. No ponto de vista da forma global, ela articula-se em 3 partes muito diferenciadas, embora relativamente simétricas entre si (uma espécie de A-B-A mais complexo), baseados na evolução de um acorde-matriz exposto pelas cordas e que sofre progressivamente transformações (6 posições na 1.ª parte da obra e outras 6 na 3.ª). A secção central baseia-se numa evolução agógica, polifónica (ou, mais concretamente, poli-motívica do material) e de densidades, e abrange o momento (ou a situação) em que as cordas se desvinculam da sua posição-função subalterna (acorde-pedal com as variantes já referidas), e, após um breve instante de equilíbrio, tendem a dominar ou adquirir supremacia sobre os restantes instrumentos.
Um dos pressupostos mais interessantes na composição da obra (ou pelo menos mais "excitantes" para o compositor) reside na dialéctica entre um esquema formal de certo modo rígido (e porventura algo simplista) e uma escrita "transparente" ou "translúcida", de carácter eminentemente "improvisatório", como aliás já foi mencionado, em que os elementos mais complexos se articulam entre si - de uma forma ora complementar ora contrastante, ora independente ora interdependente), formando uma espécie de rede "em suspensão".
Jorge Peixinho
Encomenda
Data 1986
Entidade Oficina Musical
Localidade Porto
País Portugal
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Ouçam a Soma dos Sons que Soam...
Estreia
1986/May/12
10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório
Lisboa
Portugal
Oficina Musical:
Eduardo Lucena (flauta), Américo Aguiar (clarinete), Carlos Girão Voss (percussão), Jorge Martins (piano), Carlos Fontes (violino), José Manuel da Costa Santos (violino), José Luís Duarte (viola), Gisela Neves (violoncelo), Altino Carvalho (contrabaixo)
Álvaro Salazar (direcção)