Título do documento és a madrugada pura e sem ruína
Subtítulo (a partir de um poema de Soror Madalena da Glória)
Data de Composição · 2023
Data 2024/Jan/27
Intérpretes
Rui Baeta (barítono)
Patrícia Modesto (soprano)
Adriana Almeida (flauta)
Philippe Trovão (saxofone)
Magda Pinto (viola de arco)
Joana Correia (violoncelo)
Carlos Marecos e Alexandre Lyra Leite (direção artística)
Entidade/Evento Laboratório de Criação de Ópera Contemporânea
Local Palácio do Sobralinho
Localidade Vila Franca de Xira
País Portugal
Frágil. Delicado. Vulnerável.
Amor, amar: um acto vivo e reiterado.
Cultivar um peito entreaberto é sempre cuidar de um terreno fértil, singular,
extinguir o intervalo que nos separa até sermos um só,
rasgar os sulcos como um escultor de recordações eternas,
semear bosques e estrelas como quem planta um incêndio sempiterno, inextinguível,
banhar esse campo com o imenso rio que vive e se agita cá dentro,
e voltar ao início, novamente, sempre.
Frágil. Delicado. Vulnerável.
Amor, amar: acreditar, cultivar, sem hesitação.
Deixar que a madrugada se instale dentro do peito, e que o coração
desponte fulgurante.
Frágil, delicado e vulnerável: o amor.
Diogo da Costa Ferreira