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Filipe de Sousa (1927-2006)


Filipe de Sousa nasceu em Maputo, a 15 de Fevereiro de 1927. Deu início aos seus estudos musicais ainda em Moçambique quando era criança, aos seis anos de idade. A mãe tocava bandolim. O avô tocava guitarra e foi também compositor. Em casa do avô conheceu o piano e a grafonola, instrumentos que lhe despertaram o gosto pela música[1]:
“A veia musical, herdei-a do lado materno. Minha mãe, exímia executante de bandolim, aprendeu os rudimentos e a leitura musical com o meu avô, também ele distinto executante de viola e ainda compositor. Praticava-se diariamente música em casa dos meus avós. Um velho piano vertical e uma grafonola despertaram no menino que fui, o entusiasmo pela arte dos sons. Pelos seis ou sete anos principiei a aprendizagem do piano, em Lourenço Marques”[2]

Um pianista interessado na nova música.

Filipe de Sousa continuou os seus estudos posteriormente em Lisboa, no Liceu Camões. Fez os seus estudos musicais no Conservatório Nacional e diplomou-se em Piano, na Classe de João Abreu Mota. Simultaneamente, começa a interessar-se pela composição: “O interesse pela composição surgiu por “arrastamento”, ao frequentar o curso superior, como também, ainda mais tarde, o interesse pela direcção de orquestra.”[3]
Filipe de Sousa estudou composição na classe de Jorge Croner Vasconcelos, desde 1941. Ao mesmo tempo, tirava o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras de Lisboa (1949). Recebeu depois uma bolsa de estudo do Estado português, prosseguindo a sua formação na Alemanha, na Áustria e em França. Em 1957 obteve o seu diploma de direcção de orquestra na Staatsakademie de Viena, estudando com o maestro Hans Swarowsky (que tinha sido por sua vez aluno de Richard Strauss). Estudou também em Munique, com Adolf Mennerich e Fritz Lehmann e em Hilversum, com Alberto Wolf (em 1956).

Filipe de Sousa teve uma significativa actividade como pianista durante toda a sua vida, tendo sido intérprete de várias primeiras audições em Portugal de obras de Bartók, Hindemith, Stravinsky, Schoenberg, Berg ou Milhaud. Numa entrevista referiu como tinha uma “insaciável curiosidade de conhecer os compositores antigos e contemporâneos”. Conta Filipe de Sousa: “graças a uma grande facilidade de leitura e decifração, estudei grande parte do repertório pianístico e de música de câmara com piano. Ainda como aluno do Conservatório, toquei obras de Bartók, Stravinsky, Alban Berg e Prokofiev, entre outros.”[4] Num depoimento, Manuel Pedro Ferreira confirma esta “facilidade de leitura” que se aplica também ao seu trabalho como maestro: “A sua capacidade de leitura à primeira vista de partituras de orquestra era lendária”, diz. [5]
O interesse pela música do seu tempo começou cedo: no seu exame de piano estreou a Sonata de Bartók. O seu professor desconhecia a peça. Tocou ainda a Sonata de Stravinsky e uma peça de Dukas.[6]Mais tarde, foi divulgador assíduo da obra de Fernando Lopes-Graça enquanto pianista, tornando-se seu amigo até ao final da vida.

Embora seja mais conhecido como compositor e pianista, Filipe de Sousa também se apresentou frequentemente como chefe de orquestra em Portugal e no estrangeiro. Como maestro, para além de Portugal, onde foi convidado frequentemente a dirigir a Orquestra Sinfónica Nacional de Lisboa, actuou no Brasil, na África do Sul e na U.R.S.S. No Brasil dirigiu em primeira audição mundial a cantata O Caso do Vestido (texto de Carlos Drummond de Andrade) de Camargo Guarnieri, autor que veio posteriormente a dedicar-lhe a sua 6ª. Sinfonia.

Um pesquisador da música portuguesa

Filipe de Sousa dedicou-se intensamente à investigação, divulgação e edição do património musical português, tendo feito uma pesquisa sistemática da música portuguesa antiga (sobretudo do século XVIII e XIX). Recuperou e descobriu várias obras-primas cujo paradeiro era desconhecido. Num entrevista dos anos 90 advertia contudo: “Não sou musicólogo! Fiz apenas investigações, em arquivos e bibliotecas do País, sobre obras e compositores no intuito de lançar as bases de um Dicionário da Música Portuguesa, projecto que – por de mais ambicioso para ser levado a cabo por uma única pessoa – tive de pôr de parte há largos anos. Nesse trabalho de investigação pude recolher e recuperar algumas dezenas de obras importantes de compositores portugueses, sobretudo dos séculos XVIII e XIX, como Francisco António de Almeida, António Teixeira, Pedro António Avondano, João Pedro de Almeida Mota, António Leal Moreira, Frei Manuel de Santo elias, João Domingos Bontempo.”[7] Filipe de Sousa foi responsável pela descoberta, estudo e reposição moderna de importantes obras da história da música portuguesa, como António Teixeira e António José da Silva – As Variedades de Proteu , Guerras do Alecrim e da Mangerona – e editou para a colecção Portugaliae Musica da Fundação Calouste Gulbenkian, obras de Domingos Bontempo, Sousa Carvalho e Francisco de Lacerda.

Curiosidade pela vanguarda...

Em 1959 João de Freitas Branco identificava Filipe de Sousa num grupo de compositores “promissores” considerando que as peças já apresentadas por ele eram “de bom augúrio” e sublinhando a sua admiração e proximidade estética com a música de Paul Hindemith.[8]
Francisco Monteiro refere-se a Filipe de Sousa quando observa que “a vanguarda estava em franca ascensão nos centros musicais Europeus visitados por jovens compositores Portugueses. Filipe de Sousa foi, talvez, o primeiro que teve a oportunidade já em 1954 de tomar contacto com as novidades correntes entre os novos compositores na Europa central. Ouviu mesmo o Marteau sans Maître de Boulez na première de Viena, dirigida pelo próprio Boulez; e revelou ter sentido muita estranheza e curiosidade, especialmente perante — o seu e o Vienense — contexto musical muito conservador.”[9] No início dos anos 60, Filipe de Sousa faz parte de um grupo de compositores e artistas desta geração extremamente curiosos pela nova música, ao lado de Maria de Lourdes Martins, Álvaro Cassuto, Filipe Pires ou Jorge Peixinho (com quem Filipe de Sousa se apresentou em duo), entre outros, todos eles ávidos de conhecer a nova música que se fazia lá fora: “Sucederam-se também as conferências sobre novas músicas (Messiaen sobre ornitologia, Joly Braga Santos e Nuno Barreiros sobre música contemporânea). E em 21 e 22 de Novembro de 1961 deu-se um acontecimento marcante: a visita de Stockhausen e de músicos seus amigos a Portugal para a realização de dois concertos. (...) A visita de Stockhausen deu ainda lugar a um programa de televisão com entrevista, programa produzido por Filipe de Sousa e entrevista traduzida por Álvaro Cassuto.”[10]

Nessa altura, Filipe de Sousa começa precisamente a trabalhar na RTP como director musical, quando a televisão portuguesa está a dar os primeiros passos. Aí foi o responsável por vários programas musicais, com música de Fernando Lopes Graça, Karlheinz Stockhausen, Jorge Peixinho e outros compositores do seu tempo. Na sequência “natural” do seu trabalho na RTP, Filipe de Sousa fará em 1961 música para o primeiro filme do realizador Fernando Lopes, As pedras e o tempo, um documentário sobre a cidade de Évora, com um carácter ensaístico e experimental. Em 1963 fará também música para Pássaros de asas cortadas, um filme de Artur Ramos.

Nessa altura tinha já composto várias obras marcantes, mas destrói grande parte da sua obra “por uma insana crise de consciência estética quanto ao mérito e significado das obras destruídas”.[11] Atitude de que se arrependerá mais tarde. O musicólogo Mário Vieira de Carvalho destaca, na primeira fase, as obras Suite de Danças (também chamada Lusitânia), para orquestra (1956), a Sinfonietta (1961) e uma série de obras para voz e piano, com textos de poetas tão diferentes como Camilo Pessanha, Sebastião da Gama, Fernando Pessoa (e heterónimos), Rilke, Jean Moréas, Orlando de Carvalho, Manuel Bandeira, Friedrich Schiller, Federico García Lorca, Langston Hughes ou Paul Éluard. Mais tarde o compositor reconheceria a centralidade da poesia no seu percurso: “Só a poesia me tem sido fonte de inspiração para o que escrevo, daí, uma maior incidência na música vocal.”[12]

...e algumas reservas

Apesar da sua curiosidade pelas vanguardas, Filipe de Sousa manter-se-á esteticamente próximo das suas referências iniciais, incluindo Bartók e Hindemith (e também Schoenberg, em certa medida), mas procurando um caminho próprio que passou sempre pela ligação à poesia e por um primado da melodia. Mário Vieira de Carvalho escreve a propósito das suas canções: “Fluência e transparência melódicas dominam na maior parte das canções (...). A melodia é o princípio gerador da atmosfera sonora que o poema sugere ao compositor, decorrendo naturalmente da sua plasticidade o plano tonal e harmónico de cada uma das peças. O estilo cantado tende a prevalecer como base da significação poético-musical, mas não exclui, antes integra, elementos de feição dramatizante próximos da declamação, do recitativo ou do canto falado, muitas vezes associados a uma linguagem harmónica tributária do expressionismo schoenberguiano.” O musicólogo sublinha também a “subtileza da gestualidade sonora” das canções de Filipe de Sousa, bem como a coerência estética dos seus ciclos de canções: “A coerência músico-dramatúrgica do trabalho do compositor, que, como decorre deste esboço de análise, não enjeita nem dissimula, antes assume, quando o julga conveniente, a herança clássica da harmonia funcional como parte integrante do seu pensamento musical moderno, tem ainda expressão na unidade de concepção de cada um dos ciclos de poemas.”[13] O musicólogo Manuel Pedro Ferreira destaca também outras qualidades do compositor, referindo “o seu papel como criador, que desempenhou, a partir de certo momento, de forma esporádica, mas sempre com grande qualidade técnica e sensibilidade expressiva (partindo de uma sólida base neoclássica, mas adoptando progressiva e selectivamente, linguagens mais cromáticas).”[14]

O pianista Constantin Sandu caracterizou desta forma a estética musical de Filipe de Sousa e as suas relações com a nova música: “O seu estilo musical cristalizou-se com base em influências de Stravinsky, Bartok, Hindemith, adquirindo uma linguagem própria, funcional na essência, que (tal como o próprio afirmava) não pode ser classificada como neoclássica, muito menos impressionista. (...) Não aderiu às inovações da segunda parte do século XX, nem ao fenómeno Darmstadt, contudo, estava sempre interessado no que era mais actual e moderno na composição, tentando perceber as razões e as motivações íntimas dos vanguardistas.” As dúvidas e reticências em relação à música de vanguarda eram justificadas por Filipe de Sousa com uma teoria “fisiológica” acerca da tonalidade, que ignora o carácter histórico do sistema tonal para se centrar numa ideia de “base natural”. Filipe de Sousa julgava que havia uma “destrinça a fazer entre uma peça musical com um conteúdo humano, de expressividade (que eu acho que vem através do canto; e canto é melodia), ou então um objecto musical (acho que é a melhor definição que posso dar a certa música, com interesse, naturalmente, mas esvaziada de conteúdo expressivo, de um conteúdo humano); podem ser objectos musicais lindíssimos, que me podem fascinar, mas que não representam para mim uma obra verdadeiramente humana, uma peça musical. Porquê? A anulação do sentido tonal das músicas. Partindo de um princípio genérico e básico, em toda a música existem focos tonais, porque há uma razão natural, física e ninguém pode transformar a própria natureza. O som base com os seus harmónicos é um mundo indestrutível; por outro lado, há um mundo indestrutível que é a nossa formação física, o sistema auditivo: o receptor está feito para receber o som e os seus harmónicos todos; foi nesta base que se criou e se desenvolveu o sistema europeu de harmonia, que evoluiu com o tempo e finalmente desaguou na atonalidade; há um percurso natural no mundo sonoro, mas o receptor continua a ouvir numa base tonal. Por isso, estou convencido que no futuro haverá um retorno à tonalidade, porque nós ouvimos funcionalmente, é a nossa base natural, física.”[15] O pianista refere as “experiências sonoras arrojadas” de Filipe de Sousa, “mas sem o terem conquistado de forma definitiva”.

Outras obras

Apesar da centralidade da sua produção para canto e piano, Filipe de Sousa compôs muitas outras obras para diferentes formações. Em 1981 compõe Caleidoscópio, para violino solo, e uma peça intitulada Monólogo, para violino e electroacústica sobre suporte, ambas dedicadas a Jack Glatzer, violinista americano residente em Portugal. Em 85 compoõe Suite n.º 1 para viola solo e Prelude to a Manitoba Spring, também para violino solo. Volta a compor canções com poemas ingleses de Fernando Pessoa e, em 1996, escreve 10 Histórias para quinteto de sopros e Tríptico de D. João, a partir de textos de José Saramago. A sua paixão pelo Oriente revela-se nalgumas obras, com títulos sugestivos como Gravura em papel de música (para clarinete, dedicada ao gravador David de Almeida) ou 4 Haikai (para violoncelo solo, tal como Quatro Anamorfoses, dedicada a Irene Lima). Grande parte das suas obras para solista são aliás dedicadas a intérpretes específicos que admirava ou que eram seus amigos.

Um divulgador musical entusiasta

Desde os anos 40, Filipe de Sousa participou nos concertos da Sociedade de Concertos “Sonata”, fundada em 1942 por Fernando Lopes Graça. Fez também parte do primeiro grupo de fundadores da Juventude Musical Portuguesa, em 1948, com Humberto d’Ávila, Joly Braga Santos, João de Freitas Branco, Maria Elvira Barroso e António Nuno Barreiros. Nos anos 50, Filipe de Sousa liga-se também ao Círculo de Cultura Musical, uma associação que teve um papel importante na divulgação da música mais actual da época. O seu amigo e jornalista António Valdemar conta: “Conheci-o quando ele trabalhava, como secretário-geral, no Círculo de Cultura Musical, fundado e dirigido por Elisa de Sousa Pedroso que, durante sucessivas décadas, exerceu uma acção da maior importância, não apenas em Lisboa mas através de todo o País. Todavia, nos anos 50, – quando inicio o meu contacto pessoal com Filipe de Sousa – Elisa Pedroso já se encontrava bastante marcada pelos anos. Muitas das iniciativas do Círculo de Cultura Musical já eram sugeridas e concretizadas por Filipe de Sousa (...)”[16] Manuel Pedro Ferreira refere ainda a importância, numa época posterior, “dos seus esforços mecenáticos para a publicação e divulgação de música portuguesa do século XX, nomeadamente Lopes-Graça, colocando sempre a sua própria obra num segundo plano.”[17]

Para além disso, Filipe de Sousa colaborou com diversas outras instituições musicais portuguesas: foi membro fundador do Conselho Português de Música, da Pró-Arte, do Grupo Experimental de Ópera de Câmara de Lisboa e do Grupo Português de Bailado; presidente da Direcção e da Assembleia-Geral do Sindicato Nacional dos Músicos; professor do Conservatório Nacional de Lisboa (composição) e da Universidade de Luanda; membro por várias vezes do júri dos Concursos Internacionais de Piano “Vianna da Motta” e júri de outros concursos de composição (Gulbenkian e Fernando Lopes-Graça).

O intelectual e a tertúlia “Mandíbula de Aço”

António Valdemar sublinha a largueza de horizontes do compositor: “Filipe de Sousa tinha um horizonte intelectual fora do comum e um desejo imenso de saber e conhecer cada vez mais.” Este amigo destaca também a sua faceta de coleccionador: “Filipe de Sousa possuiu meios de fortuna para viver a vida que lhe apetecia e se rodear de tudo quanto lhe interessava; um extraordinário acervo musical; quadros e outras obras de arte de notáveis autores portugueses e estrangeiros; e, ainda, uma vasta e diversificada biblioteca de clássicos e modernos portugueses, italianos, alemães, ingleses, espanhóis e franceses que abrangia, fundamentalmente, a música, a literatura, as artes plásticas.” Vários amigos e conhecidos seus sublinham o seu gosto pelo convívio e o seu particular sentido de humor: “Um dos seus maiores prazeres era o convívio. No seu escritório no Chiado constituiu uma tertúlia que reunia, em cada dia, consoante as afinidades electivas – que seleccionava com extremo cuidado – os amigos que estimava e eram de todas as opções políticas e religiosas. Considero um dos privilégios da minha vida ter participado, com assiduidade, nessa tertúlia, de opulenta gastronomia portuguesa e à qual deu o nome de Mandíbula de Aço.”[18]

Filipe de Sousa morreu em Lisboa, vítima de cancro, no dia 22 de Novembro de 2006, com 79 anos de idade.



1 http://www.jorgealvares.com/ (site da Fundação Jorge Álvares, onde se encontram diversas informações e depoimentos sobre o compositor que doou a esta Fundação a casa e a propriedade de Alcainça, onde viveu os seus últimos anos, a sua valiosa e diversificada biblioteca, as suas importantes colecções de obras de arte, de discos e de manuscritos musicais, e o seu espólio musical próprio.) Cf. também Fernandes, Cristina, “Filipe de Sousa”, in Enciclopédia da Música em Portugal no século XX, ed Temas e Debates/INET, 2010;
2 Azevedo, Sérgio, “entrevista a Filipe de Sousa”, in A Invenção dos Sons, ed. Caminho, Lisboa, 1998;
3 Azevedo, Sérgio, idem;
4 Azevedo, Sérgio, idem;
5 depoimento de Manuel Pedro Ferreira (http://www.jorgealvares.com)
6 segundo Monteiro, Francisco, The Portuguese Darmstadt Generation: The Piano Music of the Portuguese Avant-Garde (tese de doutoramento), University of Sheffield, 2001;
7 Azevedo, Sérgio, “entrevista a Filipe de Sousa”, in A Invenção dos Sons, ed. Caminho, Lisboa, 1998;
8 Branco, João de Freitas, História da Música Portuguesa, ed. Europa-América, Lisboa, 1959;
9 Monteiro, Francisco, The Portuguese Darmstadt Generation: The Piano Music of the Portuguese Avant-Garde (tese de doutoramento), University of Sheffield, 2001;
10 Monteiro, Francisco, idem;
11 Azevedo, Sérgio, “entrevista a Filipe de Sousa”, in A Invenção dos Sons, ed. Caminho, Lisboa, 1998;
12 Azevedo, Sérgio, idem;
13 Carvalho, Mário Vieira de, Notas do disco compacto “Filipe de Sousa – Songs” (1927), Strauss/PortugalSom, Lisboa, 1987;
14 depoimento de Manuel Pedro Ferreira (http://www.jorgealvares.com)
15 Filipe de Sousa, citado num depoimento de Constantin Sandu (http://www.jorgealvares.com)
16 depoimento de António Valdemar (http://www.jorgealvares.com)
17 depoimento de Manuel Pedro Ferreira (http://www.jorgealvares.com)
18 depoimento de António Valdemar (http://www.jorgealvares.com);

 

 

 

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