Em foco

Compositoras portuguesas, hoje


Manuela Paraíso

Nos setenta e cinco anos de Constança Capdeville e vinte do seu desaparecimento, cruzamos um tempo em que cada vez mais mulheres enriquecem, com as suas criações, o património e a vida musicais portugueses. Mas são ainda pequena minoria face aos seus pares masculinos.

Olhando em retrospectiva para a história da música portuguesa, parece imenso o número de compositoras actualmente no activo. Essa trintena de mulheres com uma importante função na vida musical portuguesa do presente (ainda que indevidamente reconhecida) contrasta com a quase ausência duma criação musical no feminino anterior à segunda metade do século XX, quando Berta Alves de Sousa, Francine Benoît e as jovens Elvira de Freitas, Maria Teresa Macedo, Isabel Lupi e Natércia Couto constituíam a excepção a uma ausência que no passado apenas muito ocasionalmente havia sido preenchida, por exemplos como Dona Maria Bárbara de Bragança, a cultivada filha de D. João V, ou Leonora Duarte, flamenga de origem portuguesa que escreveu obras para ensemble de violas da gamba. No entanto, se desde o presente recuarmos apenas quarenta ou cinquenta anos, até um tempo de ventos de mudança no mundo ocidental, que equacionava novos paradigmas na arte e na música em particular e trazia consigo a emancipação feminina, eram ainda raras as mulheres a exercer o métier mas despertaram uma influência indelével que hoje perdura: não apenas uma suave revolução chamada Constança Capdeville, cujo fluxo criativo concebia uma música livre de dogmas enquadrada numa ampla componente cénica, mas também os exemplos de Maria de Lourdes Martins e Clotilde Rosa – a segunda ainda em actividade, só tardiamente iniciada no âmbito da composição, a partir de 1974, no seio do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, após duas décadas de trabalho como harpista e a frequência dos Cursos de Darmstadt.

Uma herança de liberdade

Não deverá também constituir grande surpresa que existam em Portugal poucas compositoras nascidas antes de 1970. As circunstâncias da vida musical no país até ao século XXI não favoreciam o desenvolvimento de carreiras na composição, pela falta de oportunidades de execução das obras e pela escassez de encomendas, e muitos jovens criadores desistiam logo no início da sua actividade. No caso das mulheres, para quem por tradição estavam reservados, numa carreira na música, os papéis de intérprete ou professora, o efeito é ainda mais evidente – e sobre as que perseveraram, quase se pode pensar não apenas em tenacidade mas também em inconformismo. O espírito livre e a curiosidade intelectual e artística de Clotilde Rosa, nascida em 1930, fizeram-na transcender os limites habituais do trabalho como instrumentista de orquestra, levando-a ao interesse pela prática da música antiga e ao desenvolvimento dos estudos de composição, na sequência da sua aproximação à estética contemporânea – através da obra e da influência de Jorge Peixinho, que a incentivou a escrever música. Como criadora, Clotilde Rosa impôs um estilo próprio, de carácter lírico, evidente nas composições para voz mas também para orquestra e para ensemble de câmara.

Igualmente influenciada por Jorge Peixinho, com quem estudou composição, Isabel Soveral (n. Porto, 1961) insere-se numa geração formada já com recursos das novas tecnologias e interessada pela prática da música electroacústica – que aprofundou no âmbito do mestrado e doutoramento em Stony Brook, Nova Iorque, e que ocupa parte considerável do corpus da obra da compositora, o qual inclui também ciclos baseados em poemas e peças para orquestra (algumas com espacialização), ensemble de câmara, instrumentos solo, várias das quais apresentadas por toda a Europa e noutros países. Embora parte da sua música tenha sido registada para edição em fonograma (como o emblemático CD “Três Compositoras Portuguesas”, de 1994, que reúne também obras de Constança Capdeville e Clotilde Rosa), existe um único disco monográfico de Isabel Soveral, um dos dois CDs do álbum “Pas de Deux” (sendo o segundo dedicado a António Chagas Rosa). Com um percurso diferente, que passou pela licenciatura em Composição na ESML (Escola Superior de Música de Lisboa) e inclui um doutoramento em curso na Sorbonne-Paris IV, sobre a aplicação das novas tecnologias à música e a sua influência no processo composicional e na interpretação das músicas mistas, Elsa Filipe (n. Lisboa, 1962) compõe obras instrumentais para orquestra e para pequenos ensembles, música acusmática e música mista, para além de arranjos musicais, tendo vários dos seus trabalhos sido apresentados em edições do Festival Música Viva. Assiduamente representada neste certame e também ligada à capital francesa, onde se doutorou (Paris VIII) em Estética, Ciências e Tecnologias das Artes, Isabel Pires (n. 1970) desenvolve o seu trabalho de composição e investigação no âmbito da interacção entre música e tecnologia, escrevendo música instrumental, electroacústica e acusmática – sendo desta última executante, com projecções sonoras realizadas em vários países europeus, tendo sido premiada na Bélgica por um trabalho de espacialização sonora em directo. Ligada à Universidade de Aveiro, onde lecciona e integra um grupo de compositores docentes que têm várias obras publicadas em CDs colectivos, Sara Carvalho (n. Porto, 1970) viu ser editado, em Junho deste ano, o seu primeiro CD monográfico, “7 Pomegranate Seeds”. Doutorada em Composição pela Universidade de York, interessa-se pela interacção das artes performativas enquanto extensão e transformação do pensamento musical e por todos os aspectos associados com a narrativa musical. Compôs mais de trinta obras para instrumento solo, ensembles e orquestra, várias delas tocadas regularmente em Portugal e no estrangeiro.

No catálogo de Ângela Lopes (n. Ovar, 1972), licenciada em composição pela ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto), com doutoramento em curso na Universidade de Aveiro, constam encomendas por várias instituições, obras para orquestra, coro, música de câmara, solistas e electroacústica e a ópera de câmara “A Floresta em Dodona”, bem como música para audiovisuais e multimédia – tendo algumas delas sido apresentadas em concerto, em Portugal e noutros países, e editadas em CD. Tem colaborado na realização técnica electroacústica de obras de Cândido Lima, com quem estudou composição, e com o Grupo Música Nova e o MC47 – grupo de música mista com direcção de Virgílio Melo. Participou no primeiro Workshop Gulbenkian para Jovens Compositores Portugueses, em 2003 – tal como Patrícia Sucena de Almeida (n. 1972), seleccionada também para as três edições subsequentes, bem como para cursos no IRCAM e em Darmstadt, entre outros. Licenciada em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, com um mestrado em Composição na Universidade de Edimburgo e o doutoramento na City University de Londres e na Universidade de Southampton, desenvolve um projecto de pós-doutoramento, relacionado com novos conceitos de interacção entre as diversas artes e a linguagem musical – interesse assumido também no seu próprio trabalho em duas frentes, a composição e a fotografia. Assinou obras para várias geometrias, instrumentais, electroacústicas, que têm sido tocadas em diversos países, recebeu encomendas de várias instituições e tem obras publicadas em CD.

As novas gerações

É nas gerações abaixo dos quarenta anos que se situa a maioria das compositoras portuguesas no activo. Compreende-se porquê: tal como para os seus colegas masculinos, as oportunidades multiplicaram-se perante vários factores – o interesse, no curso da formação académica, de colegas de disciplinas de instrumento em interpretar as suas obras (de que é expressivo exemplo o instituído evento Peças Frescas, organizado pela ESML), o surgimento de iniciativas como workshops de orquestras para compositores, as encomendas por parte de músicos, agrupamentos ou estruturas (como as efectuadas, regularmente desde há vários anos, pelo Prémio Jovens Músicos da Antena 2), a criação de concursos de composição, com prémios monetários ou de edição da partitura ou em CD das obras distinguidas. Essa criação de possibilidades de trabalho constituiu um incentivo importante, ainda assim insuficiente comparado com as propiciadas noutros países – e a escolha por Andreia Pinto-Correia de fixar residência nos Estados Unidos após a conclusão do Mestrado em Composição no New England Conservatory em Boston proporcionou-lhe uma progressão de carreira e reconhecimento impensáveis em Portugal, com frequentes encomendas, prémios, residências artísticas por parte de instituições prestigiadas. Inicialmente compositora e intérprete na área do jazz, estudou também Música para Cinema mas optou pela de concerto, para múltiplas geometrias, incorporando numa linguagem contemporânea influências do jazz, das tradições musicais portuguesas e mediterrânicas. Tal como Pinto-Correia, Sofia Borges (n. Lisboa, 1979) passou pela Escola de Jazz Luís Villas-Boas do Hot Clube de Portugal, mas no meio de uma carreira como percussionista interessada pela etnomusicologia licenciou-se em Composição na ESML e tem um mestrado actualmente em curso na Hochschüle für Musik und Theater de Hamburgo. Teve várias obras estreadas, no Festival Peças Frescas, na temporada da Miso Music Portugal e pela Nova Orquestra de Lisboa.

A Norte, várias compositoras têm feito a sua formação na Universidade de Aveiro ou na Escola Superior de Música e de Artes do Espectáculo. Fátima Vieira (n. Porto, 1974) estudou flauta de bisel e piano, dedicando-se posteriormente à composição, tendo concluído a licenciatura na ESMAE em 2009 e visto várias peças suas estreadas em salas do país. Teresa Gentil (n. Tondela, 1982), licenciada pela mesma instituição, divide a sua actividade na criação musical entre a música contemporânea, com obras escritas e executadas por diversas orquestras e conjuntos instrumentais, a composição para teatro e cinema e o trabalho no âmbito da música tradicional portuguesa, sendo fundadora de uma cooperativa cultural nos Açores com intervenção social. Ângela da Ponte (n. Ponta Delgada, 1984), igualmente licenciada em composição pela ESMAE, é aluna de Mestrado em Composição na Universidade de Birmingham e desenvolve a actividade de compositora no Conservatório Regional de Música de Vila Real, onde lecciona. Tem obras escritas para orquestra, ensembles, instrumentos solistas e música electrónica. Participou no 8.º Workshop da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores, foi uma das seleccionadas no concurso para jovens criadores açorianos Labjovem e em 2011 foi Jovem Compositora Residente na Casa da Música 2011, onde estreou três peças. Outra compositora licenciada na ESMAE, Fátima Fonte (n. São Pedro de Rates, 1983), venceu em 2007 o Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim, na categoria de Música de Câmara, no ano seguinte escreveu por encomenda uma peça para o Prémio Jovens Músicos e tem tido obras suas interpretadas por várias formações. Obteve bolsa da Fundação Oriente para estudar, na Índia, música clássica indiana. Olga Pereira, natural de Lamego, fez na Universidade de Aveiro a licenciatura, estudando com Isabel Soveral e João Pedro Oliveira, e também o mestrado, sobre composição instrumental e música electroacústica. Estudou também na Hogeschool de Gent (Bélgica). Uma das suas obras, publicada em CD, recebeu uma menção honrosa no Concurso Internacional de Composição Electroacústica Música Viva 2002, tendo sido apresentada nesse festival e também noutros dois, em Seul e em Cuba. Também ligada desde há vários anos à Universidade de Aveiro, onde lecciona e onde concluiu o doutoramento em Composição e Música Electroacústica, Petra Bachratá (n. Krupina, Eslováquia,1975) desenvolveu paralelamente a formação superior em música e em neurologia, em Bratislava. Muitas das suas obras foram seleccionadas e laureadas em concursos internacionais em vários países europeus, tocadas em festivais na Europa, EUA e América do Sul e publicados em CD.

No Sul, a Escola Superior de Música de Lisboa tem formado várias jovens criadoras, como Sílvia Mendonça (n. Marinha Grande, 1977), licenciada em Composição em 2009, 8 anos após uma licenciatura em Design Industrial, e que actualmente frequenta na ESMAE o segundo ano de mestrado em Composição e Teoria Musical. Recebeu menções honrosas no 2º Prémio Internacional de Composição Fernando Lopes Graça e no 1.º Concurso de Composição D. Dinis, participou nos 6.º e 7.º Workshops da Orquestra Gulbenkian, no Soundwalk do Festival Música Viva 2009 e noutros eventos. Depois de interromper uma formação musical precoce, Vanessa Valério (n. 1978) retomou os estudos em Música quando frequentava o 4.º ano duma Licenciatura em Arquitectura de Interiores, ingressando em 2007 no Curso de Composição da ESML, onde trabalhou na organização do Peças Frescas, no qual foram tocadas três obras suas. Em 2009, participou no 7.º Workshop da Orquestra Gulbenkian e viu estrear-se uma obra encomendada pelo Festival Cistermúsica. Paralelamente aos seus estudos musicais, de Piano e Gaita-de-foles antes da licenciatura em Composição na ESML, Lea Brooklyn Cardoso (n. Iowa, EUA, 1986) estudou Engenharia Geológica e Mineira. Actualmente, frequenta o mestrado em Composição na Musikhögskolan i Malmö, na Suécia. Nas suas obras, que têm sido apresentadas em Portugal, nomeadamente pela Sinfonietta de Lisboa e pelo Coro Ricercare, e nos EUA, explora a escrita para voz, um invulgar uso de instrumentos, interessando-se pela experimentação e pela improvisação. Carla Louro (n. Lisboa, 1982), outra compositora com um percurso iniciado no estudo de instrumentos (órgão e violoncelo) antes da licenciatura em Composição pela ESML, participou como intérprete em diversos eventos. Teve obras estreadas no evento "Peças Frescas" e em concertos pela Nova Orquestra de Lisboa e frequenta actualmente o mestrado em Artes Musicais: Estudos em Música e Tecnologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Entre a nova geração de compositoras formadas na ESML, três delas, Ana Seara, Sofia Sousa Rocha e Sara Claro, provieram do único curso de composição do ensino complementar que existe no país – no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga. Ana Seara (n. Coimbra, 1985) concluiu a licenciatura em 2007 e o Mestrado em Composição na Universidade de Évora, sob orientação de Christopher Bochmann, em 2010. Obras suas foram distinguidas em vários concursos de composição, como da Póvoa de Varzim, em que conquistou, nas três primeiras edições, um primeiro e dois segundos prémios, além duma menção honrosa. Foram-lhe encomendadas obras pelo Prémio Jovens Músicos, OrchestrUtopica, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Participou em duas iniciativas do Sond'Ar-te Electric Ensemble, o 1.º Painel de Leitura e o 1.º Fórum para Jovens Compositores. Em 2012 foi seleccionada para o Workshop da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores no âmbito da ENOA-European Network of Opera Academies e integra a candidatura da Miso Music Portugal para o World New Music Days 2013. A sua música foi tocada nos festivais Música Viva, Música Portuguesa Hoje e Festival de Música da ESML, em cuja organização colaborou, bem como na do evento Peças Frescas, onde foram ouvidas obras suas – e também de Sofia Sousa Rocha (n. Braga, 1986), que recentemente concluiu o Mestrado em Música na ESML, sob orientação de António Pinho Vargas. Em 2008 obteve, na categoria de orquestra, o 1º prémio do Concurso de Composição da ESML/Museu Nacional de Arqueologia e, tal como Ana Seara, uma peça sua foi escolhida para integrar a programação da Temporada 2008/09 da Orquestra do Algarve, na sequência da sua participação do Atelier de Leitura dessa formação. Foi seleccionada para o 7.º Workshop da Orquestra Gulbenkian e teve obras encomendadas pelo Prémio Jovens Músicos e pelo Festival de Música de Alcobaça. A sua música foi interpretada pelo Coro Ricercare e pela Sinfonietta de Lisboa e a sua ópera breve “Inês morre” foi estreada em Março de 2012 no Teatro Nacional de São Carlos. Trajecto análogo teve Sara Claro (n. Porto, 1986), licenciada em Composição em 2007, envolvida durante o percurso na ESML na organização do Festival da escola e do Peças Frescas, sendo as suas obras ouvidas na maioria desses concertos. Como as suas colegas, compôs para o PJM e participou no Atelier da Orquestra do Algarve. Foi compositora convidada da OrchestrUtopica num concerto na Culturgest, em 2007, e da pianista Olga Prats, que gravou para um CD uma peça sua. Escreveu a banda sonora da curta-metragem de Samuel Amaral "E Se Eu Fosse Lá Abaixo Rir Um Bocado".

Entre as músicas portuguesas com actividade na composição, algumas orientaram o seu trajecto académico e o trabalho sobretudo no campo da interpretação mas dedicam parte do seu tempo e entusiasmo, ainda que ocasionalmente, à escrita musical. São exemplos a meio-soprano e pianista Isabel Jacobetty (n. 1981), a também pianista Yuki Rodrigues (n. 1973) e, com maior regularidade, a violinista Anne Victorino d’Almeida (n. Poissy, França, 1978), que tem composto para orquestra e música de câmara, sendo a sua música tocada por formações como a Sinfonietta de Lisboa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Quarteto Lopes-Graça, de que é membro. Assinou bandas sonoras para vários filmes (como o documentário "Cartas a uma Ditadura", de Inês de Medeiros, e a curta metragem “Stroke”, de Sofia de Bottom) e música para espectáculos de teatro, tendo recebido o prémio de melhor proposta musical no concurso "Teatro na Década 97". Com intensa actividade na criação musical ligada à experimentação e à transdisciplinaridade, ainda que não necessariamente com formação superior específica de composição, situam-se nomes como Paula Azguime, Adriana Sá e Joana Sá. A primeira, nascida em Lisboa em 1960, desenvolveu, a partir do surgimento do Miso Ensemble, que fundou com Miguel Azguime, um percurso de criação mas também de dinamização e gestão cultural que permitiu o surgimento de estruturas como a Miso Music e respectivo estúdio, o Centro de Investigação e Informação de Música Portuguesa, entre outras. Além da actividade como flautista, tem priorizado o trabalho como sound designer e encenadora de teatro musical e ópera. Adriana Sá (n. 1972), com formação ligada às artes visuais e à música, é uma artista transdisciplinar, improvisadora, que utiliza meios e processos não convencionais, como arames amplificados esticados pelo espaço e instrumentos para controlar o som através da luz, em performances-instalações que tem apresentado em vários países europeus, nos Estados Unidos e no Japão. A pianista e improvisadora Joana Sá (n. 1979), com formação superior de piano, desenvolve projectos individuais e colectivos (com os grupos Powertrio e Máquina Lírica, que integra, e os artistas plásticos Rita Sá e Pedro Diniz Reis) transdisciplinares ou da área da música improvisada. Tem actuado em festivais internacionais e trabalhos editados em CD e DVD, como o seu projecto a solo “through this looking glass”.

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Constança Capdeville "Amen para uma ausência" (1987)

Clotilde Rosa "Ricercari" (1983/84) Tokyo Symphony Orchestra, Naoto Otomo (maestro)

Isabel Soveral "Ciclo Shakespeare, since brass nor stone" (2007) Frances M. Lynch – soprano

Elsa Filipe "Kartina" (1998/99) Orquestra Metropolitana de Lisboa

Isabel Pires "Sento che nel partire" (2004) Ensemble Densité 93

Sara Carvalho "...a distant mirror" (2003) Nancy Lee Harper – piano

Patrícia Sucena de Almeida "Argumentum – Obniti Adversis" (2001) Remix Ensemble Casa da Música, Sarah Ioannides (maestrina)

Sofia Borges "Travessa do fala-só" (2007/08) ESML Ensemble

Sílvia Mendonça "Cubo" (2008) Orquestra Gulbenkian, Joana Carneiro (maestria)

Vanessa Valério "Imagens" (2008) Orquestra Gulbenkian, Joana Carneiro (maestria)

Carla Luro "Ressonâncias" (2008) ESML Ensemble

Ana Seara "Três telas de Barceona" (2007) Katharine Rawdon – flauta Nuno Pinto – clarinete baixo Elsa Silva – piano

Sofia Sousa Rocha "Homenagem a Berio" (2003)

Sara Claro "Olhos de Mar" (2008) Coro Ricercare Sinfonietta de Lisboa, Vasco Pearce de Azevedo (maestro)

Isabel Jacobetty "Debaixo do céu" (2009) Laurentiu Ivan Coca – 1.º violino; Francisco Ramos – 2.º violino; Pedro Braga Falcão - viola; Mafalda Nascimento – violoncelo; Luísa Tavares – meio-soprano; Manuel Rebelo (maestro e poema)

Yuki Rodrigues "Emperor" (1992) Yuki Rodrigues – piano Pedro Carneiro – percussão

Anne Victorino d’Almeida Suite para cordas (2009) Sinfonietta de Lisboa Vasco Pearce de Azevedo (maestro)

Paula Azguime "Água ou Maré-Nome de Pedra" (1991) Miso Ensemble

Joana Sá "through this looking glass" (2010)

 

 

 

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