Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética Quarteto de Cordas
Notas Sobre a Obra
Desde Agosto de 2000 (quando vi o Quarteto Auer no Estoril) que desejava compor uma peça que explorasse o ritual do quarteto clássico - ou seja os 4 músicos sentados numa disposição musical e acústica institucionalizada - mas que ao mesmo tempo fosse musicalmente abstracta (isto é, que evocasse as grandes formas e géneros da história da música ocidental, como o provam os andamentos do meu Quarteto). A versão original é realmente para o tradicional quarteto de cordas, mas como gostasse do texto musical em si próprio (onde tinha aplicado um método de composição recentemente descoberto) e tivesse desejo de o ouvir rapidamente, decidi adaptá-lo à nova formação do Ensemble JER, todavia conservando as alusões ao quarteto clássico. Os quatro músicos desempenham respectivamente os papeis de 1º Violino (flauta Allegro Hohner), 2º Violino (clarinete Bontempi/violino Chicco), Viola ou Alto (melódica alto Hohner) e Violoncelo (clarinete baixo). Desde 1999 que comecei a catalogar as minhas novas composições com o número de opus, sendo que toda a produção anterior desde 1989 – e que inclui a maior parte do reportório para plásticos e de teatro musical – passou a ser classificada pelo título da obra, cronologicamente, mas sem númeração de opus. Isto prende-se por um lado com o facto de ter começado a compor para formações clássicas, e por outro, a ter iniciado com o novo milénio um novo período de criação. O Quarteto foi escrito entre 23/11 e 23/12 de 2000, logo após ter levado o meu espectáculo Volkswagner à Expo Hannover, em Outubro, com o Ensemble JER (14 elementos).
José Eduardo Rocha