A obra
Azul Vivaz foi escrita por solicitação da PwC
Portugal, no âmbito dos Prémios Excellens Mare, com o objectivo de sublinhar o mérito de todas as pessoas e entidades que contribuem para a valorização do mar através da preservação ambiental. Quando penso no mar, penso na minha cidade natal, cidade de Tavira, no Algarve, sendo esta abençoada por este gigante, “o mar, o oceano, o azul, o horizonte”. A minha ligação ao mar é inevitável, é muito grande, pois desde sempre o contemplei e dele usufruí. Descrever tal imensidão não é uma tarefa fácil, e juntando ainda as minhas recordações, a minha vivência, a minha total ligação ao mar, torna tudo muito mais difícil. Assim resolvi concentrar-me numa dualidade óbvia. Dois polos, que traduzem dois “estados de espírito” meus, ou do mar, e viajar nessa dualidade, que mais tarde ou mais cedo, de forma cíclica regressa ao início, apelando à regeneração e à preservação ambiental. Do título da obra
Azul: a calma, a paz, a serenidade, os temas mais lentos, mais românticos, mais apaixonados, a beleza do mar quando calmo e sereno, o horizonte azul.
Vivaz: a força, a imponência, o respeito, os temas mais vigorosos, mais rítmicos, os ostinatos incessantes como que uma maré, o gigante vivaz. Foram estes dois polos o principal veículo para a composição desta obra. Polos opostos que inevitavelmente se tocam numa transversalidade mútua, que faz com que os temas sejam tratados em ambos os contextos, que sejam comuns ao dois polos. Foi desta ideia de “oposição falsa”, juntamente com “outras paixões”, que nasceu na minha consciência a obra
Azul Vivaz.
Lino Guerreiro