Compositores

Foto
Obras
Entrevista
Bibliografia
Partituras
Discografia
Áudio
Imagens
Vídeos
Multimédia
Programa Rádio
Programa Televisão
Outros
Dados de intérprete
Filho de um fabricante de sedas Catalão que ali se havia estabelecido, com certeza atraído àquela terra pelo conde de Oeiras e Marquês de Pombal, que na sua vila senhorial, quis estabelecer um grande centro fabril. José Avelino começou a sua aprendizagem com o pai, também clarinetista amador. Estudou Violino e Piano mas foi o Clarinete o seu instrumento preferido. Estudou com Wisse, então primeiro clarinete da Orquestra de S. Carlos. Fez parte da Orquestra do Salitre e desempenhou ao mesmo tempo funções de Chefe de Banda Militar. Em 1806 inicia uma digressão por França onde faz inúmeros concertos. Tocou também em Inglaterra regressando a Portugal em 1815 tendo sido aplaudido com entusiasmo em Lisboa e no Porto. Percorre em seguida Espanha, Sul de França, Itália, Suiça, Áustria e Prússia Em 1820, em parte devido às más condições que o País atravessava nessa altura, volta a Paris onde actuou nos célebres Concertos Espirituais, tendo recebido rasgados elogios na imprensa local da época. Em 1821, as crónicas de Allgemeine Musikalische Zeitung dão conta de uma actuação em Weimar, onde apesar do público conhecer os grandes virtuosos Johan Simon Herstedt e Heinrich Joseph Bärmann (ou Baermann) foi favoravelmente comparado. Com a revolução Liberal, Canongia volta a Portugal definitivamente, entrando para a Orquestra de S. Carlos, e sendo nomeado músico da Real Câmara. Em 1824, com a tentativa de reforma do Seminário da Patriarcal é admitido como mestre de instrumentos de palheta. Fez imprimir em Paris, por esta altura as sua obra Introdução e Tema com Variações, dedicada ao Barão de Quintela e Conde de Farrobo, grande protector das artes. Mais tarde imprime o seu Primeiro Concerto, provavelmente também com a ajuda daquele mecenas. Quando em 1835 é fundado o Conservatório, Canongia transita para aquela instituição com o mesmo cargo. Editava por essa época, também em Paris mais quatro obras: uma Ária Variada, o Segundo, o Terceiro e o Quarto concertos para Clarinete. Vivendo na época do virtuosismo, Canongia foi o digno representante nacional. Foi a época, entre outros, dos famosos clarinetistas Bernhard Crusell, Joseph e Friedrich Beer, do já citado Carl Baermann e do também já citado Johann Hermstedt para o qual o compositor Louis Spohr escreveu os seus concertos. A colaboração entre músicos e instrumentistas era frequente nessa época e também Carl Maria von Weber encontrou no clarinetista Heirich Baerman a parceria desejada para as suas obras. Os músicos compositores também existiam e entre clarinetistas uma das referências é Bernhard Crusell cujas obras para clarinete escreveu e inerpretou. O mesmo se passou com Canongia. Vivendo num período dificil da história de Portugal, Canongia nunca tomou partido embora se perceba a sua simpatia pela causa liberal, patente nas dedicatórias que faz nos seus concertos. LINKS EXTERNOS José Avelino Canongia (1784-1842) : virtuoso e compositor