Compositores Portugueses no World New Music Days 2025
Começa a 30 de maio o festival World New Music Days 2025 (Lisboa–Porto–Lisboa), uma iniciativa da Sociedade Internacional para Música Contemporânea (ISCM), organizada pela primeira vez em Portugal pela Miso Music, Secção Portuguesa da ISCM, no seu 40.º aniversário. O festival, que decorrerá até ao dia 7 de junho, é um palco global para a nova música que convida o público a escutar o tempo em que vivemos e a perscrutar o futuro. Sob o mote Sede de Mudança, o festival convida todas as pessoas a repensar o papel da criação artística num mundo em transformação, num apelo à mudança, onde a música desperta novas perspetivas para os desafios urgentes do nosso planeta. Entre muitas obras de música contemporânea do mundo inteiro, os programas dos concertos do World New Music Days 2025 incluem um número substancial de peças criadas por compositores e compositoras residentes e ativos em Portugal. Neste sentido destacam-se não só compositores editados pelo MIC.PT – Ângela da Ponte, Ângela Lopes, António de Sousa Dias, António Ferreira, António Pinho Vargas, Bruno Gabirro, Cândido Lima, Carlos Brito Dias, Carlos Marecos, Christopher Bochmann, Diogo Alvim, Eduardo Luís Patriarca, Fátima Fonte, Filipe Esteves, Francisco Ribeiro, Gerson Batista, Gonçalo Gato, Hugo Ribeiro, Hugo Vasco Reis, Isabel Soveral, Jaime Reis, João Madureira, João Pedro Oliveira, João Quinteiro, Jorge Peixinho, Mariana Vieira, Miguel Azguime, Paulo Ferreira-Lopes, Patrícia Sucena de Almeida, Ricardo Ribeiro, Rui Penha e Sara Carvalho; mas também – André Ruíz, Carlos Garcia, Cláudio de Pina, Diana Andrashenko, Eva Aguilar, João Caldas, Luís Salgueiro, Luís Tinoco, Pedro Lima, Simão Costa e Vasco Mendonça.
«World New Music Days 2025 é um momento que se reveste de um significado muito especial», enfatiza Miguel Azguime, coordenador artístico do festival. E continua: «A concretização deste sonho acontece num contexto de grande vitalidade artística no nosso país. A música contemporânea portuguesa tem vindo a afirmar-se, tanto pela qualidade como pela diversidade das suas propostas criativas. Sem dúvida, hoje Portugal posiciona-se como um dos polos emergentes da criação musical contemporânea na Europa. A edição portuguesa do festival World New Music Days é, por isso, mais do que uma conquista: é um ponto de encontro, uma janela para o mundo, e uma celebração da música de invenção e pesquisa como linguagem musical de futuro.»
Atividade · Compositoras e Compositores Editados pelo MIC​.​PT

A compositora Ângela Lopes, editada pelo MIC.PT, terá duas das suas obras interpretadas em junho. Destaca-se a integração da sua obra Reciclo-Recírculos – em forma de sanza (2019) no festival World New Music Days 2025. A apresentação terá lugar no dia 4, no O’culto da Ajuda, em Lisboa. Esta peça audiovisual será incluída no concerto intitulado Cinema para ouvidos, que contará com a Orquestra de Altifalantes da Miso Music Portugal. Nas notas de programa, a compositora explica o significado do título da obra: «Recírculos simboliza o caráter circular e repetitivo, como num loop, e em forma de sanza, no subtítulo, é uma referência à presença do som do instrumento africano — sanza.» Através da utilização de sons de água, a obra cria movimentos que se sincronizam com a composição musical. E na segunda metade do mês, no dia 25, no Conservatório Regional de Ponta Delgada, o percussionista Nuno Aroso interpretará a obra Trio para vibrafone e eletrónica – Paráfrase (2024), no âmbito do festival Azores Percussion Weekend.
António Pinho Vargas · © Miguel Baltazar
António Pinho Vargas · © Miguel Baltazar

No próximo dia 15 de junho, na Casa da Música, será lançado o novo CD de António Pinho Vargas (compositor editado pelo MIC.PT) – Oscuro | Six Portraits of Pain – uma edição da Artway Next que reúne as gravações ao vivo das estreias destas duas obras. No novo CD, a peça Oscuro (2022), para orquestra, é interpretada pela Orquestra Sinfónica do Porto sob a direção do maestro Pedro Neves. Por seu lado, Six Portraits of Pain (2005), para violoncelo e ensemble, conta com a interpretação do violoncelista Anssi Karttunen, do Remix Ensemble e a direção de Franck Ollu. No mesmo dia terá ainda lugar a estreia do documentário sobre António Pinho Vargas, realizado por Adriana Romero, oferecendo uma nova perspetiva sobre a vida e obra deste compositor. Adicionalmente, no âmbito do World New Music Days 2025, no dia 4 de junho no São Luiz Teatro Municipal em Lisboa, o Komorebi Duo, com Camila Mandillo (soprano) e João Casimiro Almeida (piano), apresentará a obra A Maior Tortura composta por António Pinho Vargas em 2006.

No mês de junho terão lugar estreias absolutas de duas obras de Cândido Lima (compositor editado pelo MIC.PT). A estreia da primeira, PARÁFRASE-sobre Lettera Amorosa de Claudio Monteverdi (2015), pelo pianista José Pedro Ribeiro, decorrerá no dia 2 no Centro Cultural de Belém em Lisboa, num concerto que faz parte da Maratona de Piano do festival World New Music Days 2025. Na segunda metade do mês, a 23 de junho, no Teatro Municipal Sá de Miranda em Viana do Castelo, a Orquestra Sinfónica da ARTEAM, sob a direção do maestro Javier Viceiro, estreará a obra MÚSICA AQUÁTICA – lendas de rio a mar, composta por Cândido Lima em várias etapas entre agosto de 2024 e janeiro/ fevereiro de 2025. MÚSICA AQUÁTICA – lendas de rio a mar é uma encomenda da Câmara Municipal de Viana do Castelo, com origem numa ideia da «necessidade de uma obra contemporânea em Viana» e integra a programação de Viana do Castelo – Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025.
Daniel Schvetz · © Portugal Solidário
Daniel Schvetz · © Portugal Solidário

A oratória O Mar sem Fim (2024) de Daniel Schvetz (compositor editado pelo MIC.PT) será apresentada no próximo dia 7 de junho na Fundação da Casa de Mateus em Vila Real. A obra foi construída a partir de Os Lusíadas, assinalando os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões e os 200 da morte de D. José Maria, 5.º Morgado de Mateus. Na interpretação da obra, que será dirigida por Daniel Schvetz, participará Susana Gaspar como soprano solista, o Grupo Vocal Olisipo (Armando Possante, Carlos Monteiro, Lucinda Gerhardt, Elsa Cortez) e também o grupo instrumental constituído por Helena Raposo (alaúde/ teorba/ guitarra barroca), António Carrilho (flautas de bisel), Ana Castanhito (harpa), Catherine Strynckx (violoncelo), Jeremy Lake (violoncelo) e Mário Delgado (guitarra elétrica). Como revelam as notas de programa, «O Mar sem Fim é uma proposta que oscila entre a oratória e a cantata, entre as múltiplas leituras e interpretações que Os Lusíadas de Camões continuam a suscitar».
Diogo Alvim · © Susana Pomba
Diogo Alvim · © Susana Pomba

O compositor Diogo Alvim (editado pelo MIC.PT) terá, a 3 de junho no CCB em Lisboa, a apresentação de uma obra sua no World New Music Days 2025, prestigiado festival internacional de música contemporânea promovido pela ISCM, que este ano decorre pela primeira vez em Portugal. Music for Sax and Boxes (2012–2025) será apresentada numa versão revista e interpretada pelo reconhecido saxofonista Henrique Portovedo. O programa incluirá ainda outras peças para saxofone, nomeadamente, de Christopher Bochmann e Paulo Ferreira-Lopes, compositores igualmente editados pelo MIC.PT. Depois, no final do mês, no próximo dia 26 de junho, Diogo Alvim participará também no Festival Cidade Pre0cupada, promovido pelas Oficinas do Convento em Montemor-o-Novo. «Na sua 16.ª edição, a Cidade Pre0cupada convida novos públicos a experienciar um evento que transforma espaços, desafia o olhar e propõe novas formas de pensar o território», é referido no site do festival. Num destes encontros, Diogo Alvim será responsável pela eletrónica ao vivo em colaboração com o coletivo Piropeep, um grupo que tem vindo a desenvolver performances improvisadas com projeções de filmes em Super8.

Em junho obras do compositor Fernando C. Lapa (editado pelo MIC.PT) irão circular em Portugal e na Europa, com especial destaque para a estreia de claridades (2025) para duo de guitarras. A estreia terá lugar no dia 13, na Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo, e será interpretada pelo Euterpe Guitar Duo – formado por Pedro Baptista e Titus Isfan – num recital inteiramente dedicado a estreias de nova música portuguesa para duo de guitarras, integrado no III Festival Internacional do Tejo. Paralelamente, dois andamentos da obra Quatro versos de olhar suspensoA paz das águas e Do miradouro – serão apresentados em França e Inglaterra, no âmbito do projeto ...Do Miradouro. As peças serão interpretadas por Diogo Ferreira (flauta) e Joana Resende (piano), em concertos marcados para a St. James’s Church, Sussex Gardens, em Londres (dia 17), e para a Maison du Portugal, em Paris (dia 18). Este programa propõe dar visibilidade à música portuguesa junto de novos públicos internacionais, reunindo obras de compositores portugueses contemporâneos como Paulo Bastos, o próprio Fernando C. Lapa e Miguel de Oliveira Carvalho, ao lado de figuras marcantes do século XX, como Luiz Costa e Joly Braga Santos.
Jaime Reis · © Sofia Nunes
Jaime Reis · © Sofia Nunes

O compositor Jaime Reis, editado pelo MIC.PT, terá uma agenda preenchida ao longo do mês de junho. Em destaque está a participação no World New Music Days 2025, que se realizam pela primeira vez em Portugal. Neste sentido, a obra Fluxus – Pas trop haut dans le ciel será interpretada num concerto de música acusmática, no O’culto da Ajuda, em Lisboa, no dia 6. Adicionalmente, a obra untitled.paula. será apresentada nos dias 14, no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, e 23, no Lisboa Incomum, no âmbito do recital O Meu Nome é Ópera. Por seu lado, a peça emoliente.mavioso., será interpretada pelo Borealis Ensemble numa digressão que inclui concertos nos dias 5, 6, 8 e 13 de junho, respetivamente, em Aveiro, Riba d’Ave, Vila Real e Salamanca (Espanha). Por fim, nos dias 30 de junho e 1 de julho, o Projecto DME realiza a Performance Electroacústica Comunitária, com apresentações na Casa de Santa Isabel e na Casa da Cultura de Seia. A iniciativa envolve os companheiros da Casa de Santa Isabel e os alunos do Collegium Musicum – Conservatório de Música de Seia. Neste contexto, uma das alunas interpretará um excerto da ópera Bartolomeu, o Voador, para clarinete e eletrónica, de Jaime Reis.

No passado dia 16 de maio, no âmbito da 5.ª edição dos Reencontros de Música Contemporânea em Aveiro, decorreu o lançamento do CD monográfico City Walk de João Pedro Oliveira, que conta com as interpretações do percussionista Nuno Aroso. Esta primeira edição discográfica da Arte no Tempo com etiqueta própria cobre uma década de produção, reunindo cinco obras resultantes da colaboração entre João Pedro Oliveira (compositor editado pelo MIC.PT) e Nuno Aroso: desde Vox Sum Vitae (2011) a In the House of the Glass King (2021), não esquecendo a obra título, composta por encomenda da Arte no Tempo para o espetáculo A Fog Machine e outros poemas para o teu regresso. Ao lado de Nuno Aroso, participam neste álbum quatro jovens músicos, elementos do Clamat – colectivo variável: Bernardo Cruz, Henrique Ramos, João Pedro Lourenço e Vitória do Bem. E no mês de junho, a obra Time Spell (2004) para clarinete e eletrónica de João Pedro Oliveira será interpretada por Nuno Pinto no dia 1, na Casa da Música no Porto, no contexto do festival World New Music Days 2025, uma iniciativa da Sociedade Internacional para Música Contemporânea, organizada pela primeira vez em Portugal pela Miso Music.
João Quinteiro · © Sinem Tas
João Quinteiro · © Sinem Tas

Madrugada II (2024–2025) é o título da nova obra para orquestra de cordas de João Quinteiro (compositor editado pelo MIC.PT), cuja estreia absoluta decorrerá no World New Music Days 2025, a 4 de junho no São Luiz Teatro Municipal em Lisboa. Neste concerto, a Camerata Alma Mater sob a direção de Pedro Neves apresentará também música contemporânea de várias outras partes do mundo, incluindo Nova Zelândia, Coreia do Sul, Lituânia, Suécia e Islândia. Como diz João Quinteiro na nota de programa: «Madrugada II é uma obra para orquestra de cordas que integra o conjunto de obras satélites da ópera Regresso. Estas dez peças tem como ponto de partida o conjunto homónimo de poemas de José Mario Silva». Adicionalmente, na segunda metade do mês, a 23 de junho no Mise-En_Place em Nova Iorque (EUA), o Ensemble Mise-En interpretará a obra Canção III Pairs: à propos de l’intériorité composta por João Quinteiro em 2023. Este concerto faz parte do Mise-En Music Festival.

No próximo dia 21 de junho terá lugar a estreia da obra Palestina (2024), do compositor Manuel Pedro Ferreira (editado pelo MIC.PT), na interpretação do Coro de Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa. O concerto terá lugar na Igreja Evangélica Alemã, situada na Praça de Espanha, em Lisboa, oferecendo um momento de reflexão artística e espiritual em torno de um tema profundamente atual e pungente. A obra Palestina de Manuel Pedro Ferreira constrói-se sobre uma base sonora marcada por um baixo que evoca o nome da terra em sofrimento, enquanto as vozes femininas entoam um prolongado «ai», expressando dor e lamento. No centro da obra, o tenor/ barítono solista interpreta uma linha melódica inspirada em paráfrases do Livro de Job interligadas com versos do poema de Refaat Alareer, escritor e professor palestiniano, assassinado no passado dia 6 de dezembro de 2023 durante bombardeamentos em Gaza.
 
RIZOMA
logo · riZoma
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riZoma · Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical

riZoma é uma rede formada por um conjunto alargado de entidades portuguesas ativas ligadas à criação, à educação, à interpretação e à investigação, com larga experiência no contexto da música erudita contemporânea. A Plataforma riZoma foi criada para estabelecer o diálogo e a articulação entre as entidades que a constituem e para falar a uma só voz junto do público e das tutelas, dando protagonismo ao esforço perpetrado por muitos e criando uma força nova que assenta no valor inestimável que a música erudita contemporânea criada em Portugal tem para a identidade cultural do nosso país.
MÚSICA DE INVENÇÃO E PESQUISA
· 06 / 06 · 1h00 · Antena 2 ·
ISCM World New Music Days 2025

Neste programa, perto do final do festival World New Music Days 2025, ouviremos uma seleção de música de compositores de todo o mundo que tiveram obras tocadas neste grande festival internacional de música contemporânea. Um programa de uma série dedicada aos World New Music Days 2025, que se realiza entre 30 de maio e 7 de junho de 2025 em Lisboa e no Porto. O WNMD 2025, uma iniciativa da International Society for Contemporary Music, é acolhido e organizado este ano pela Miso Music Portugal e pela primeira vez realizado no nosso país.
· 20 / 06 · 1h00 · Antena 2 ·
ISCM World New Music Days 2025

Último programa de uma série dedicada aos World New Music Days 2025, festival que se realiza entre 30 de maio e 7 de junho de 2025 em Lisboa e no Porto. O WNMD 2025 é acolhido e organizado este ano pela Miso Music Portugal. Pela primeira vez, o festival realiza-se no nosso país, marcando um momento importante para a música portuguesa da atualidade. Durante estes dias, várias instituições e artistas – incluindo músicos e compositores portugueses e internacionais – juntam-se para promover a criação musical dos nossos tempos e o intercâmbio artístico. Neste programa fazemos um balanço do festival, refletindo também sobre os caminhos atuais da música. Um programa com a presença de membros da organização do festival e de alguns dos intérpretes participantes.
Novas Partituras no MIC​.​PT
andorinhas
imagem ilustrativa
A edição de partituras pelo MIC.PT tem como alvo a divulgação de partituras de obras de compositores residentes e ativos em Portugal, fomentando a sua escolha por parte de músicos e programadores, e ainda o seu estudo no meio académico. Neste momento, o Catálogo de Partituras Editadas pelo MIC.PT inclui 1185 obras.
novos CD no MIC​.​PT

· Obras de Carlos Caires: Os Sons em Volta (2019), Uníssono (2020), Crossfade (2009), Quattro (2005), Horizon (2008), SAH (2012), Propagation (2022), All-in-one (2010), Painting Wordpainting (2009), Procissão (2016), Instante (2011), Canto o presente, e também o passado e o futuro (2013), Pianissimo (2016), All-in-One Expanded (2012).

· Obras de Jorge Peixinho: Estrela (1962), Situações 66 (1966), Coral I, Ulivi Aspri e Forti I (1982), Recitativo IV (3.ª Versão, 25 de Abril em Portugal) (1974).
estreias recentes
esquissos-morfologias>> ver obra
11/ 05, Suena Festival, Ruprechtskirche, Viena, Áustria
between feathers
Ombres Résonantes>> ver obra
Três Reciclagens>> ver obra
emoliente.mavioso.>> ver obra
Jônatas Manzolli
Segredos de Aguadeiro>> ver obra
Olívia Silva
The Sea Organ>> ver obra
15/ 05, Lisboa Incomum
Borealis Ensemble · Helena Marinho (piano), António Carrilho (flautas de bisel), Catherine Strynckx (violoncelo)
RB4 – Beta>> ver obra
15/ 05, RMC 2025, Teatro Aveirense, Aveiro
Taleae · Afonso Primo, Lourenço Oliveira, Pedro Leitão (percussão)
Nádia Carvalho
Was it the Lyrical Nightingale>> ver obra
17/ 05, RMC 2025, Teatro Aveirense, Aveiro
Re:Flexus Trio · Ana Sofia Matos (clarinete), Mariana Morais (viola d’arco), Maria Isabel Mendonça (piano)
João Moreira
sem título>> ver obra
18/ 05, RMC 2025, Teatro Aveirense, Aveiro
Carlos Lopes (direção), Nádia Carvalho (informática musical), Tiago Balesteiro (flauta), Rodrigo Moreira (oboé), Maria Francisca Cortesão Machado (clarinete), Salvador Rodrigues (fagote), Tomás da Silva Santos (saxofone), Gustavo Marques (trompa), Andrei Karavai (trompete), Tomás Rodrigues (tuba), João Silva (percussão), Madalena Oliveira e Pedro Lima Sousa (violino), Francisco Santos (viola), Inês Dourado (violoncelo), Tuliana Menezes (violoncelo), Lucas Teles (contrabaixo)
João Moreira
Je te donne ces vers afin que si mon nom>> ver obra
23/ 05, RMC 2025, Teatro Aveirense, Aveiro
Luís Salomé (saxofone soprano), Nádia Carvalho (informática musical)
Fragile Movements Towards Absence>> ver obra
Did we speak up>> ver obra
23/ 05, Salão Brazil, Coimbra
RePercussion Trio · Alexandre Silva, Daniel Araújo, Jorge Pereira
Tomás Quintais
encontros sonoros com o caminhar>> ver obra
24/ 05, RMC 2025, Praça Joaquim Melo Freitas, Aveiro
Inés Badalo
24/ 05, RMC 2025, Teatro Aveirense, Aveiro
Orquestra Filarmonia das Beiras, Carlos Lopes (direção), João Casimiro Almeida (piano)
Miguel Azguime · © Adam Walanus
Miguel Azguime · © Adam Walanus

A ópera A Laugh to Cry do Miso Ensemble, com Miguel Azguime responsável pela música e libreto e Paula Azguime pela encenação e difusão sonora, será apresentada no dia 2 de junho, no O’culto da Ajuda em Lisboa, no âmbito do festival World New Music Days 2025. A interpretação da ópera será da responsabilidade de Camila Mandillo (soprano), Andrea Conangla (soprano), André Henriques (baixo-barítono), Miguel Azguime (recitante), Jade Mandillo (recitante) e do Sond’Ar-te Electric Ensemble sob a direção do maestro Pedro Neves. Na equipa técnica da produção da ópera é preciso destacar os nomes de Andre Bartetzki, responsável pela direção tecnológica e eletrónica em tempo real e de Perseu Mandillo (VFX e fotografia 3D). Como revelam as notas de programa, «A Laugh to Cry é um grito, um alerta, um novo mundo e uma utopia. Esta Nova Op-Era é concebida como uma viagem iniciática – uma travessia pela escuridão da noite até à luz da madrugada, guiada pelo sonho de quem ousa sonhar». Adicionalmente, também no âmbito do festival World New Music Days 2025, no dia 5 no O’culto da Ajuda, Miguel Azguime participará no colóquio Thirst for Change, no âmbito da qual realizará uma apresentação intitulada Listening to the Earth: Spectral Music, A Laugh to Cry and Ecological Activism.

A 17 e 18 de junho, a obra Cinco Quadros para Alice (2009), do compositor Paulo Bastos (editado pelo MIC.PT), será interpretada por Diogo Ferreira (flauta) e Joana Resende (piano), no âmbito do projeto ...Do Miradouro. Com apresentações marcadas para a St. James’s Church, Sussex Gardens, em Londres (dia 17), e para a Maison du Portugal, em Paris (dia 18), este programa propõe-se a levar a música portuguesa a novos públicos internacionais. Além da obra de Paulo Bastos, o projeto inclui composições de autores portugueses contemporâneos como Fernando C. Lapa e Miguel de Oliveira Carvalho, bem como de figuras centrais do século XX, como Luiz Costa e Joly Braga Santos. A proposta artística do projeto é resumida na nota que o acompanha: «A diversidade do nosso repertório dado em modo de Miradouro, reflete a versatilidade da nossa abordagem musical, que procura fundir a tradição clássica às expressões contemporâneas, oferecendo ao público uma experiência rica e diversificada, que seja tanto desafiante quanto acessível ao público, sem nunca esquecer as crianças, por exemplo com a obra Cinco Quadros para Alice de Paulo Bastos, que apela ao verdadeiro imaginário sem imagens e palavras, apenas títulos e som que convergem num espaço ou tempo».
ATUALIDADE

Está aberta, até ao próximo dia 15 de junho, a Chamada Cadavre Exquis no contexto do projeto Mind the Gap, apoiado pelo programa Europa Criativa da União Europeia e dedicado à promoção, e valorização das obras de compositoras de todas as idades, na Europa. Liderada por PIANO AND CO (França), Miso Music Portugal (Portugal), Sansusī (Letónia) e Pro Progressione (Hungria), esta iniciativa pretende criar um espaço onde o trabalho destas compositoras tenha o reconhecimento que merece. A Chamada está aberta a compositoras mulheres e não binárias de qualquer idade, nacionais ou residentes em França, Portugal, Letónia ou Hungria. Através deste projeto, quatro compositoras (mulheres e pessoas não-binárias) serão convidadas a contribuir para uma obra musical coletiva baseada no formato do Cadavre Exquis. Esta peça será apresentada e gravada ao vivo em 2026, em Lisboa no O’culto da Ajuda (Portugal), com uma outra apresentação em 2027, em Budapeste (Hungria) no Festival Transparent Sound New Music Festival.
imagem ilustrativa
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Estão abertas as candidaturas para a 2.ª Temporada de Música de Câmara Jovem, com concertos agendados para os dias 2, 9, 16 e 23 de novembro, no O’culto da Ajuda em Lisboa. Neste contexto, o júri, com Nuno Pinto (clarinetista), Filipe Quaresma (violoncelista) e Miguel Azguime (compositor), irá selecionar para a Temporada quatro grupos de música de câmara. O programa dos concertos, com duração de cerca de 50 minutos, deverá incluir pelo menos uma obra portuguesa e uma obra internacional, ambas dos séculos XX ou XXI. A data limite de envio da candidaturas é 30 de junho. A Temporada de Música de Câmara Jovem, um projeto da Miso Music Portugal e da Associação Portuguesa dos Amigos da Música, tem como objetivo incentivar a música de câmara, promovendo e estimulando a interpretação das obras de compositoras e compositores portugueses, bem como os jovens músicos em Portugal.

Estão abertas, até ao próximo dia 18 de julho, as candidaturas para a 8.ª edição do Prémio de Composição Acordeão, uma iniciativa da Associação Folefest com o objetivo de promover e incentivar a criação musical contemporânea para acordeão na sua vertente erudita, contribuindo desta forma para o desenvolvimento, em quantidade e qualidade, deste repertório. O prémio destina-se a compositores de nacionalidade portuguesa ou estrangeiros residentes em Portugal, de qualquer idade. As obras a apresentar (para acordeão solo ou acordeão com eletrónica) têm de ser inéditas, reservando-se à organização do prémio o direito à estreia absoluta das obras premiadas. O júri do prémio é formado por: Amílcar Vasques-Dias (compositor), Ângela da Ponte (compositora) e Paulo Jorge Ferreira (acordeonista/ compositor e presidente do júri).

O Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) anuncia o VII Concurso Internacional de Composição GMCL/ Jorge Peixinho, cujo júri conta com Ivan Fedele (presidente), Gerhard Stabler, João Madureira, Carlos Caires, Jaime Reis, Jorge Sá Machado e Nuria Nuñez Hierro (convidado especial). Este concurso é organizado bienalmente, tem como objetivos centrais o incentivo e a divulgação da criação musical, contribuindo para o incremento do repertório contemporâneo de música de câmara, e compreende duas categorias. As obras inscritas para categoria A devem contemplar todos os instrumentos presentes no GMCL: mezzo-soprano, flauta transversal, clarinete, violino, viola, violoncelo, harpa, percussão e piano. As obras da categoria B, referente à música de câmara, devem usar, no mínimo, quatro dos nove elementos acima. Ambas as categorias aceitam obras com eletrónica. Quanto aos concorrentes, não há restrições de idade nem limite para o número de obras enviadas. Os trabalhos premiados serão apresentados num concerto gravado e transmitido pela Antena 2. A chamada para o concurso está aberta até 25 de julho.

A fim de incentivar a criação e a difusão de novas obras acusmáticas/ eletroacústicas, a Miso Music Portugal promove e organiza a 26.ª edição do Concurso Internacional de Composição Eletroacústica Música Viva 2025. A data limite para apresentação das obras a concurso é 31 de julho de 2025 (23h59, tempo de Lisboa) e os resultados serão anunciados a 31 de outubro de 2025. A obra premiada será difundida através da Orquestra de Altifalantes da Miso Music Portugal durante o festival Curto-Circuito que terá lugar em dezembro de 2025 em Lisboa. O júri do 26.º Concurso Internacional de Composição Eletroacústica – Música Viva 2025 é constituído por: Hans Tutschku, Manuella Blackburn e Miguel Azguime.

A Fundação da Casa de Mateus, em colaboração com o Sond’Ar-te Electric Ensemble, e a blablaLab Associação Cultural, anuncia a segunda edição do Concurso Internacional de Composição de Lied Álvaro García de Zúñiga – Casa de Mateus – Sond’Ar-te. Promovendo a escrita de Lied, este concurso visa incentivar a criação, interpretação e divulgação de novas obras musicais que combinam a voz com instrumentos e com a possibilidade de inclusão de meios eletroacústicos. As candidaturas estão abertas a compositores de todas as nacionalidades, que podem submeter até duas composições inéditas, não estreadas, não publicadas comercialmente, nem premiadas em outros concursos. As obras devem ter uma duração entre 7 e 15 minutos e ser escritas para duo. A escolha dos textos para as composições deverá incidir na obra de Álvaro García de Zúñiga, cujos textos propostos podem ser consultados nos sítios das entidades parceiras. O prazo para submissão das candidaturas é 31 de dezembro de 2025.
Entrevistas MIC​.​PT
vídeo · entrevistas
imagem ilustrativa · Unsplash
No passado mês de abril o MIC.PT publicou no Canal YouTube mais uma Entrevistas do ciclo Na 1.ª Pessoa com o compositor Paulo Ferreira-Lopes, conduzidas pelo musicólogo e jornalista Pedro Boléo e gravadas em 2023 no O’culto da Ajuda em Lisboa.
Presentemente o Canal YouTube do MIC.PT contém vídeos com 36 Novas Entrevistas a compositoras e compositores residentes em Portugal realizadas desde 2019, assim como oito Entrevistas do Arquivo do MIC.PT realizadas entre 2003 e 2005.
Conduzidas por Pedro Boléo, filmadas no O'culto da Ajuda em Lisboa e realizadas no contexto do ciclo Na 1.ª Pessoa das emissões radiofónicas Música Hoje e Música de Invenção e Pesquisa (produzidas pelo MIC.PT e pela Miso Music Portugal para a Antena 2), estas Novas Entrevistas constituem uma (re)visita ao universo criativo dos vários compositores e compositoras editados pelo MIC.PT, dando seguimento às Entrevistas Históricas realizadas pelo MIC.PT há quase 20 anos e que agora constituem registos únicos da evolução da linguagem de cada um dos artistas entrevistados.
Para aceder às Entrevistas sigam as ligações em baixo e/ ou visitem o Canal YouTube do MIC.PT.
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