José Luís Ferreira (1973-2018) Em Foco no MIC.PT em setembro
Em setembro a secção Em Foco do MIC.PT é dedicada a José Luís Ferreira, para lembrar este compositor, músico, professor e «performador», cujo desaparecimento precoce em fevereiro de 2018, com apenas 44 anos, deixou mais pobre a música erudita contemporânea em Portugal. A 31 de agosto José Luís Ferreira teria feito 50 anos.
Foi à inovação, à invenção e à pesquisa na música – acústica, eletroacústica e mista – que José Luís Ferreira se dedicou, tendo desenvolvido a essência da sua linguagem em direta ligação com a tecnologia e informática musical. No âmbito destes domínios afirmou a sua liberdade criativa, sempre partilhando os resultados das suas procuras e pondo em prática os conceitos da sua tese de doutoramento – Música Mista e Sistemas de Relações Dinâmicas – no contexto pedagógico do Laboratório de Música Mista da ESML e no âmbito de outros projetos, com o Ensemble MPMP ou a Miso Music Portugal.
Este Em Foco do MIC.PT é um incentivo para uma reflexão sobre o papel da memória na criação de narrativas sobre artistas precocemente desaparecidos. Apesar de pertencerem ao passado, dar continuação aos seus legados é, sem dúvida, um elemento chave no desenvolvimento de novas ideias hoje, que certamente contribuirão para o futuro.
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Atividade · Compositoras e Compositores Editados pelo MIC.PT
A 8 de setembro, terá lugar um concerto que no programa inclui duas obras de António de Sousa Dias (compositor editado pelo MIC.PT): Trois Chansons Inachevées (2003) para soprano, saxofone e eletrónica e uma nova composição em estreia. No âmbito deste concerto, que finalizará a residência de António de Sousa Dias no Lisboa Incomum (4-8 de setembro) e que contará com a interpretação de Philippe Trovão (saxofone) e Mariana Dionísio (voz), serão ainda apresentadas duas obras de Jean-Claude Risset, Voilements (1987) e Saxtractor (1995). Na entrevista dada ao MIC.PT em abril de 2017, António de Sousa Dias salientou a aprendizagem com este compositor francês como um dos momentos mais determinantes e reveladores no seu percurso: «Embora só tenha trabalhado com ele já nos inícios dos anos 2000, os escritos e a música de Risset sempre foram para mim uma enorme fonte de inspiração.» Adicionalmente, António de Sousa Dias participará no Ciclo de Música Eletroacústica Equinócio, de Outono que terá lugar a 23 e 24 de setembro, no O’culto da Ajuda em Lisboa. Este é o segundo ciclo que a Miso Music Portugal apresenta especialmente dedicado à criação musical eletrónica, fixa sobre suporte. No âmbito do mesmo, ao lado de António de Sousa Dias apresentar-se-á também um outro compositor editado pelo MIC.PT, Hugo Vasco Reis.
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A 2 de setembro regressará à Casa da Música o Festival Itinerante de Percussão numa edição especial em que os septetos não são constituídos por alunos dos vários cursos superiores de Percussão do país, mas pelos próprios professores. O programa do concerto contará com quatro composições recentes, todas elas encomendadas pela Arte no Tempo, associação responsável pela iniciativa. No programa destacam-se três obras em estreia, compostas em 2020: Music for Percussion, de João Carlos Pinto; MSTRG-TRLD, de Rita Torres; e HOQUETUS – tambores de Maio, de Cândido Lima. Na nota de programa este compositor editado pelo MIC.PT não deixa de referir a época de composição da obra, que surge de um reflexo direto aos tempos da pandemia. «Abril e maio de 2020, tempo de dramas e de tragédias», marcado por «um novo estado de espírito para exprimir, por música, uma luz ao fundo do túnel». E assim, «em maio, tambores anunciam, como metáfora musical, o aparecimento de um oásis, ao longe, paisagem real ou miragem. Esta obra é uma homenagem à vida», enfatiza Cândido Lima, ressaltando ainda «o privilégio de poder dispor de um grupo de sete percussionistas». Estes serão Bruno Costa, Miquel Bernat, Eduardo Cardinho, Pedro Carneiro, João Dias, Marco Fernandes, Miguel Herrera e, na direção do conjunto, Mário Teixeira.
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Em setembro, o Síntese – Grupo de Música Contemporânea apresentará duas obras dos compositores editados pelo MIC.PT, Carlos Marecos e Fernando C. Lapa, no contexto de dois concertos. A obra do primeiro, branco, branco, branco... (2022) para soprano, saxofone, acordeão e quarteto de cordas, integra o concerto Viagem a Portugal (dia 8, Igreja Matriz, São Jorge da Beira, Covilhã), no âmbito do qual o maestro Yan Mikirtumov dirigirá também obras de Fernando Lopes-Graça, Tiago Derriça e Carlos Azevedo. De Fernando C. Lapa, o Síntese – GMC, dirigido pelo maestro Pedro Neves, estreará a obra Retratos e Invenções, a 10 de setembro em Castelo Novo, onde se realiza a residência artística integrada no ciclo Vanguarda na Aldeia. A partir de melodias tradicionais da região, o Síntese – GMC parte para uma nova criação, cruzando o legado musical do passado com a contemporaneidade e envolvendo a população de Castelo Novo.
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Em setembro, Hugo Vasco Reis (compositor editado pelo MIC.PT) participará no Ciclo de Música Eletroacústica Equinócio de Outono que terá lugar nos dias 23 e 24, no O’culto da Ajuda em Lisboa. O objetivo deste ciclo da Miso Music Portugal é dar a conhecer novas obras eletroacústicas de compositores portugueses, lado a lado com aquelas reconhecidas como «históricas». « Dar a conhecer é, não apenas mostrar, mas também refletir» – apresentam o ciclo os organizadores. E acrescentam: «Para além da imersão sonora que a Orquestra de Altifalantes proporciona, está marcado o encontro presencial com os dois compositores cuja música estará em destaque no Equinócio, de Outono; são eles: António de Sousa Dias e Hugo Vasco Reis.» Adicionalmente, este mês, entre os dias 16 e 30, o QCContemporâneo apresentará o Quarteto de Cordas n.º 1 – Imago (2023) de Hugo Vasco Reis em sete localidades diferentes: Cantanhede, Portalegre, Arganil, Castelo Branco, Coimbra, Manteigas e Fundão.
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Duas óperas de 2021, com a música de Fátima Fonte e Sofia Sousa Rocha (compositoras editadas pelo MIC.PT), integram o programa da segunda edição do FIO – Festival Informal de Ópera, que em setembro decorrerá nos dias 14-15 e 22-23, respetivamente, em Braga e Barcelos. Da primeira criadora, o público do FIO terá a oportunidade de ouvir a obra O Concílio Celeste (texto de Patrícia Portela e encenação de Sónia Batista); e da segunda, será apresentada a obra Oráculos e Ladainhas (texto de Tiago Schwäbl e encenação de António Torres). Idealizado por uma associação de artistas em colaboração com a Sinfonietta de Braga e tendo como principais mecenas a DGArtes, a Câmara Municipal de Braga e a Câmara Municipal de Barcelos, «o FIO assume um formato único que estabelece uma relação entre a cidade, o público, os artistas e as óperas apresentadas». O programa do FIO 2023 compreende ainda mais duas obras: Maria Magola (música de Francisco Fontes, texto de Marta Pais de Oliveira e encenação de Daniela Cruz); e In(opeRA)VEL (música de Sara Ross, texto de Tiago Schwäbl e encenação de Joana Providência).
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Em setembro, Jaime Reis, compositor editado pelo MIC.PT, contará com várias execuções da obra nœud.navire. (2021) pelo Duo Contracello – Miguel Rocha (violoncelo) e Adriano Aguiar (contrabaixo). A primeira apresentação enquadra-se no projeto A-Place e terá lugar no primeiro dia do evento, compreendido entre os dias 14 e 15, no Largo Residências em Lisboa. As apresentações de nœud.navire. repetir-se-ão nos dias 23 e 30, respetivamente, no Convento dos Capuchos em Almada, e na ESMAE no Porto. Adicionalmente, com a direção artística de Jaime Reis, poder-se-ão ouvir, a 9 de setembro, obras de Mieko Shiomi, compositora japonesa fundamental para o movimento artístico Fluxus. Na performance, que ocorrerá na Fundação Gulbenkian em Lisboa e integrada na temporada Engawa, que traz a Lisboa um conjunto de criadores do Japão e da diáspora japonesa, participarão os músicos do Ensemble DME. Por fim, no dia 8, também na Gulbenkian, no Centro de Arte Moderna, Jaime Reis participará na Conversa sobre o Japão ( FluxFest Lisboa), que contará ainda com a presença de Ami Yamasaki, Ko Ishikawa e Christian Marclay.
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A obra Pulsar (2018), de João Pedro Oliveira (compositor editado pelo MIC.PT) será apresentada a 2 de setembro na Casa da Música no Porto, na edição especial do Festival Itinerante de Percussão, organizado pela associação Arte no Tempo. A obra, por sua vez, estreada em 2019, foi uma encomenda da própria associação, com financiamento da DGArtes. Como é referido no site da Arte no Tempo, este festival gira à volta de uma reunião entre os vários professores das escolas de percussão do país: «Contrariando a ideia de rivalidade entre escolas, percussionistas das sete instituições de ensino superior portuguesas em que é ministrado curso de percussão reúnem-se, num evento inédito, colocando a música em primeiro plano». Pulsar será interpretada por sete percussionistas de diferentes escolas: Bruno Costa, Miquel Bernat, Eduardo Cardinho, Pedro Carneiro, João Dias, Marco Fernandes e Miguel Herrera. A direção musical estará a cargo de Mário Teixeira. João Pedro Oliveira também se destacou ultimamente tendo recebido o primeiro prémio na categoria Projetos Audiovisuais, pela a vídeo-música Coalescence (2021), na 14.ª Competição de Composição Internacional Città di Udine.
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João Quinteiro, compositor editado pelo MIC.PT, terá a sua obra, Hermes, nove da noite (2017), tocada no contexto do projeto A-Place. A obra, espacializada e com vídeo em tempo real, e pertencente ao ciclo operático Regresso, será interpretada pelo saxofonista Henrique Portovedo. O concerto terá lugar a 14 de setembro, no Largo Residências em Lisboa, após uma mesa redonda que contará não só com João Quinteiro, mas também com Jaime Reis, outro compositor editado pelo MIC.PT. Na entrevista do MIC.PT de dezembro de 2019, João Quinteiro disse: «É-me fundamental na experiência do objeto sonoro uma certa forma de motricidade performativa que qualquer obra implica». Na sua visão, a « performance reporta a qualquer ação corpórea», criando-se «um tecido de multiplicidades móveis (não apenas no espaço) que agem e reagem, a cada momento». O projeto A-Place, assente no objetivo de «partilhar experiências» e «gerar reflexões», alargar-se-á ainda pelo dia 15, contando com outros momentos musicais, além de instalações, exposições, passeios sonoros e debates. Trata-se do finalizar de um percurso deste projeto que, em 2023, passou também por Bruxelas, em maio, e Barcelona, em junho.
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A obra Faux Naturel (Unfathomless 2022 – U77), de João Castro Pinto (compositor editado pelo MIC.PT), foi selecionada no contexto do call da associação APNÉES para constar da instalação/ dispositivo de escuta da 3.ª Edição do Festival PAYSAGES | COMPOSÉS 2023 – Écologie sonore ‧ Musiques de recherche, que decorrerá em vários locais da cidade de Grenoble em França, entre os dias 8 e 10 de setembro. Na programação este festival inclui conferências, mesas redondas, workshops, performances e concertos de artistas convidados, contando ainda com uma plêiade de peças acusmáticas que derivam da programação do call, o qual recebeu 191 submissões, oriundas de 37 países. De João Castro Pinto, serão escutados na instalação patente no Jardim das Plantas do Museu de História Natural de Grenoble, no dia 10, os movimentos n.º 5 e 6 de Faux Naturel: dramactions/ fence et al. e dock/ orchestral autopoiesis & other forms.
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Entre os dias 16 e 30 de setembro, o Quarteto de Cordas Contemporâneo apresentará a obra ... is a wasted emotion (2023) de Sara Carvalho (compositora editada pelo MIC.PT) em sete localidades: Cantanhede, Portalegre, Arganil, Castelo Branco, Coimbra, Manteigas e Fundão. No contexto deste projeto da Associação Ritornello haverá ainda espaço para apresentações de obras de outros compositores – Ana Magalhães, João Pedro Oliveira, Amílcar Vasques-Dias e Hugo Vasco Reis (os três últimos editados pelo MIC.PT). Outra obra de Sara Carvalho, Solos IV (2000) para soprano, é uma das peças selecionadas no âmbito do Call for Works do Festival Mujeres/+s en la Música Nueva – FMMN (Colômbia, Bogotá); a apresentação desta peça, pela soprano Beatriz Elena Martínez, decorrerá a 2 de setembro. Nas atividades de Sara Carvalho também se destaca a sua participação na edição do livro EXPLORING CREATIVITIES. Creation as a strategy for learning music and the arts (ed. EdictOràlia), o qual foi recentemente publicado. O livro surge de uma reunião entre investigadores da Universidade de Aveiro, do Institut de Creativitat i Innovacions Educatives, da Universidade da Cantábria e da Universidade de Vic; é, assim, uma seleção das comunicações do 2.º Simpósio Internacional: Música para e por Crianças: Perspetivas de Compositores, Intérpretes e Educadores. (Aveiro, 2022).
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Cinco canções de Miguel Torga (2020) para voz e guitarra e La courbe de tes yeux (2022) para soprano e guitarra, são duas obras de Paulo Bastos (compositor editado pelo MIC.PT) incluídas no novo CD do L’Effetto Ensemble (Dora Rodrigues, soprano; e Rui Gama, guitarra), Caprichos (ed. Artway Records), cuja apresentação em França decorrerá a 9 de setembro no 17ème Festival Guitares en Picardie. Adicionalmente, a 9 de agosto foi lançado, nas plataformas digitais, o EP concrète de Paulo Bastos (edição de autor) que inclui cinco obras eletroacústicas do compositor criadas em 2016: Flutz, onaiP, Flutzcla, feldage e kurtos. Brevemente, estarão disponíveis nas plataformas digitais mais duas edições discográficas de Paulo Bastos: in quote mode com dez obras eletroacústicas compostas entre 1993 e 2000, e 17 peças para Guitarra, na interpretação de Rui Gama, com obras pedagógicas (incluindo quatro duetos), compostas em 1998. Na entrevista dada ao MIC.PT em junho de 2019 Paulo Bastos disse: «A minha linguagem musical não é hermética – tenho obras totalmente diferentes entre si – e faço-o de forma assumida, na medida em que penso que um compositor deve experimentar várias linguagens e técnicas. Não tenho escola, nem sou fiel a nenhuma corrente ou estética; tenho algumas referências visíveis na minha música no que toca a processos de composição, os quais têm vindo a mudar.»
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NOVIDADES MIC.PT
Em setembro foi ativada no MIC.PT uma Nova Página de Compositor, dedicada a Carlos Brito Dias, presentemente compositor residente da Antwerpen Camerata. Entre a sua heterogénea criação contam-se obras a solo, banda, coro, orquestra e variados conjuntos instrumentais, incluindo também música para curtas-metragens, teatro, orquestra de robôs e colaborações com bailarinos e artistas visuais. Carlos Brito Dias já trabalhou com vários ensembles e orquestras, incluindo o Remix Ensemble, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, o Sond‘Ar-te Electric Ensemble e a Orquestra Sinfónica de Antuérpia, cidade onde atualmente realiza um doutoramento em Artes e um mestrado em Direção Orquestral. Além de Portugal, as suas obras já se fizeram ouvir em Espanha, França, Itália, Bélgica e nos Países Baixos.
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A Nova Página de Compositora dedicada a Mariana Vieira foi ativada em setembro no MIC.PT. Das obras da jovem compositora, destacam-se as de música acusmática, assim como as pensadas para diferentes formações instrumentais (solo, música de câmara, ensemble ou orquestra). Os seus trabalhos já foram apresentados em festivais diversos, sendo que as suas criações têm percorrido várias regiões, abrangendo desde espaços europeus, como Itália, Alemanha, Suíça, Chéquia, Espanha, Bélgica e França, até destinos como México e Turquia. Além do seu trabalho enquanto compositora, Mariana Vieira é professora assistente na Escola Superior de Artes Aplicadas (Castelo Branco), e, preocupando-se também com o desenvolvimento de projetos pedagógicos e artísticos, colabora na equipa do Projecto DME, do espaço Lisboa Incomum e da associação EMSCAN.
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Manuel Emílio Porto
IV Edição do Prémio Nacional de Composição Coral Manuel Emílio Porto · Resultados Com o objetivo de promover a criação da música coral, a Câmara Municipal das Lajes do Pico e o Grupo Coral das Lajes do Pico, em parceria com o Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa – MIC.PT, promoveram a IV Edição do Prémio Nacional de Composição Coral Manuel Emílio Porto, denominado em honra de um dos grandes maestros e compositores de música coral açorianos. Como nos anos anteriores, também nesta edição um dos desafios do concurso foi compor obras em português, valorizando assim a língua portuguesa. O júri do concurso foi constituído pelo compositor e maestro Christopher Bochmann, maestro Jorge Matta e pelo maestro Hildeberto Peixoto, um dos fundadores do Prémio Nacional de Composição Coral Manuel Emílio. As obras vencedoras foram reveladas no passado mês de julho – na categoria de Vozes Brancas foi galardoada a obra A Água da Chuva Desce A Ladeira, de Pedro Miguel Pinho Moreira dos Santos, e na categoria de Coro Misto, a obra A Cidade Dormiu Cedo, de Vasco Guilherme Rodrigues Martin. As partituras das obras serão brevemente editadas pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa e publicadas no Catálogo do MIC.PT.
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ATUALIDADE
Com o intuito de promover a composição eletroacústica entre os mais novos, o Projecto DME apresenta a 12.ª edição do Concurso Nano Músicos Electroacústicos, com inscrições abertas até 27 de novembro. Neste sentido, apenas alunos do Ensino Artístico Especializado de Música poderão concorrer, critério ao qual se acrescenta uma idade limite, delineada nos 21 anos. O júri é formado pelos compositores João Pedro Oliveira e Jaime Reis, diretor artístico do Projecto DME. As obras deverão ser projetadas para um instrumento, à escolha, e eletrónica, não podendo exceder os cinco minutos. Em dezembro do presente ano, as peças selecionadas serão apresentadas publicamente no Conservatório de Música de Seia, pelos próprios compositores, num concerto que integrará o Festival DME. Apenas no final do festival se saberão os resultados e a distribuição dos diferentes prémios.
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Com o intuito de incentivar a composição nacional para coro infantil e juvenil, a Miso Music Portugal está a promover o concurso Águas Gémeas, com candidaturas abertas até ao dia 31 de outubro. São elegíveis compositoras e compositores portugueses ou residentes em Portugal, sem limite de idade, sendo que as obras submetidas terão de ser inéditas. O título do concurso deve-se à inserção do mesmo no projeto de investigação científica e criação artística homónimo, dirigido pelo antropólogo Pedro Prista e lançado para o território da barragem de Santa Clara, no concelho de Odemira. A temática da água centra-se no ressignificar de um meio que é «chave para o entendimento das formas culturais da relação que construímos com o mundo e com os outros», mas que é também «socialmente alienado», diz Pedro Prista no texto Uma nota sobre a gemelidade da água. Quanto à forma musical das obras a concurso, dever-se-á ter em conta duas categorias: uma de coro infantil (SSA) e outra de coro juvenil (SATB) que permitirá peças mais extensas. O júri do concurso conta com a participação de Basilio Astúlez Duque (Espanha), Erica Mandillo (Portugal), Miguel Azguime (Portugal) e Sanna Valvanne (Finlândia). As obras vencedoras serão estreadas pelo Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa e as partituras serão editadas pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa – MIC.PT.
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Entrevistas MIC.PT
A partir de junho está disponível no Canal YouTube do MIC.PT mais uma Entrevista do ciclo Na 1.ª Pessoa, com Bruno Gabirro.
Presentemente o Canal YouTube do MIC.PT contém vídeos com 26 Novas Entrevistas a compositoras e compositores residentes em Portugal realizadas desde 2019, assim como oito Entrevistas do Arquivo do MIC.PT realizadas entre 2003 e 2005.
Conduzidas por Pedro Boléo, filmadas no O'culto da Ajuda em Lisboa e realizadas no contexto do ciclo Na 1.ª Pessoa das emissões radiofónicas Música Hoje e Música de Invenção e Pesquisa (produzidas pelo MIC.PT e pela Miso Music Portugal para a Antena 2), estas Novas Entrevistas constituem uma (re)visita ao universo criativo dos vários compositores e compositoras editados pelo MIC.PT, dando seguimento às Entrevistas Históricas realizadas pelo MIC.PT há quase 20 anos e que agora constituem registos únicos da evolução da linguagem de cada um dos artistas entrevistados.
Para aceder às Entrevistas sigam as ligações em baixo e/ ou visitem o Canal YouTube do MIC.PT.
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RIZOMA
logo · riZoma
riZoma · Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical
riZoma é uma rede formada por um conjunto alargado de entidades portuguesas ativas ligadas à criação, à educação, à interpretação e à investigação, com larga experiência no contexto da música erudita contemporânea. A Plataforma riZoma foi criada para estabelecer o diálogo e a articulação entre as entidades que a constituem e para falar a uma só voz junto do público e das tutelas, dando protagonismo ao esforço perpetrado por muitos e criando uma força nova que assenta no valor inestimável que a música erudita contemporânea criada em Portugal tem para a identidade cultural do nosso país.
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MÚSICA DE INVENÇÃO E PESQUISA
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· 1 e 15 / 09 · 1h00 · Antena 2 ·
Lembrando José Luís Ferreira
Música de Invenção e Pesquisa dedica dois programas a José Luís Ferreira, compositor falecido em 2018, com apenas 44 anos. José Luís Ferreira deixou uma obra em aberto, com grande incidência na música eletroacústica e na música mista, cruzando meios acústicos com as novas tecnologias e procurando novas formas de desenvolver as possibilidades do uso da eletrónica em tempo real. Para além de compositor e «performador» de música eletrónica, foi um professor empenhado, deixando uma marca indelével nos seus alunos e nos projetos que desenvolveu com um entusiasmo invulgar. Uma oportunidade para conhecer mais de perto e através de várias gravações, algumas delas inéditas e raras, a música e o percurso de José Luís Ferreira, em jeito de homenagem a um compositor inventivo e comprometido com a criação musical contemporânea.
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· 29 / 09 · 1h00 · Antena 2 ·
Na 1.ª Pessoa com Diogo da Costa Ferreira
Uma entrevista Na 1.ª Pessoa com Diogo da Costa Ferreira, conduzida por Pedro Boléo, em que este compositor fala do seu percurso, com tempo para a escuta de algumas das suas obras recentes. Diogo da Costa Ferreira é um criador e artista multidisciplinar, sendo compositor, escritor, professor e investigador. Estudou Composição na Escola Superior de Música de Lisboa; estudou também Filosofia e Psicanálise, disciplinas que cruza com a sua atividade de composição. Diogo da Costa Ferreira escreve música de câmara, música sinfónica, música coral, música para teatro e ópera, dedicando-se também a projetos culturais de intervenção sócio-comunitária.
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Novas Partituras no MIC.PT
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A edição de partituras pelo MIC.PT tem como alvo a divulgação de partituras de obras de compositores residentes e ativos em Portugal, fomentando a sua escolha por parte de músicos e programadores, e ainda o seu estudo no meio académico. Neste momento, o Catálogo de Partituras Editadas pelo MIC.PT inclui 1136 obras.
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novos CD no MIC.PT
Figurações I-IX de Filipe Pires na interpretação de Duarte Martins (piano), João Pedro Silva (saxofone alto), Júlio Guerreiro (guitarra), Marco Fernandes (marimba), Miguel Costa (clarinete), Philippe Marques (piano), Ricardo Santos (fagote), Rui Borges Maia (flauta) e Salomé Pais Matos (harpa).
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estreias recentes
Ode à Serra da Estrela>> ver obra
2/ 07, Anfiteatro Mártir-in-Colo, Covilhã
Alunos de: Orquestra Sinfónica, Coro Misto, Coro do Orfeão da Covilhã
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Ana Magalhães
Lendas da Maré>> ver obra
Quarteto de Cordas n.º 1 – Imago>> ver obra
Nos Teus Olhos Permanece o Mistério>> ver obra
... is a wasted emotion>> ver obra
2/ 07, Museu Monográfico de Conimbriga, Condeixa-a-Velha
QCContemporâneo: António Ramos e Clara Dias (violinos), Diana Antunes (viola), Rogério Peixinho (violoncelo)
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Telmo Marques
Chula Rabela: Concerto para Acordeão Solo e Banda Sinfónica>> ver obra
8/ 07, Cistermúsica 2023, Mosteiro de Alcobaça
João Barradas (acordeão), Francisco Ferreira (direção musical), Banda Sinfónica Portuguesa
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Magistri Mei: BACH>> ver obra
9/ 07, Summer School for Composers 2023 (Projecto DME), Lisboa Incomum
Bertrand Chavarria-Aldrete (guitarra), Jaime Reis (eletrónica)
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João Moreira
10/ 07, Summer School for Composers 2023 (Projecto DME), Lisboa Incomum
Éric-Maria Couturier (violoncelo), Mariana Vieira (eletrónica)
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10/ 07, Festival Internacional de Saxofone de Palmela
Leonor Dias (saxofone), Banda de Música da Sociedade Filarmónica Humanitária
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Acácio Piedade
12/ 07, Festival Internacional de Saxofone de Palmela
Ensemble de Saxofones do Dão
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12/ 07, Festival Internacional de Saxofone de Palmela
Carlos Canhoto (saxofone), Ensemble MPMP (ensemble de cordas), Jan Wierzba (direção musical)
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legato per eco>> ver obra
12/ 07, Trobada de Percussió 2023, Polença, Espanha
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Adriana João
pétalas cosidas a espinhos>> ver obra
Farwarmth (Afonso)
Os Ilustres Palácios em Decadência>> ver obra
Joana de Sá
Por partes onde os espaços se enganavam>> ver obra
Miguel Abras
uns para os outros pós>> ver obra
14/ 07, Noites de Verão 2023, Jardim da Galeria Quadrum, Palácio dos Coruchéus, Lisboa
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Música para “Oferenda”>> ver obra
16/ 07, Festival de Cinema Curtas Vila do Conde
música e som para curta-metragem Oferenda de Pedro Azevedo e Sara N. Santos
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15/ 07, Festival Internacional de Saxofone de Palmela
Vortex Ensemble
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Nelson Jesus
Suite de Camera>> ver obra
16/ 07, 45.º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim
Ensemble Contemporâneo da Póvoa de Varzim, Nuno Coelho (direção musical)
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Passacaglia – memórias medievais do Zêzere>> ver obra
29 e 30/ 07, Festival Zêzere Arts, Tomar e Ferreira do Zêzere
Orquestra do Festival Zêzere Arts, Brian MacKay (direção musical)
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João Caldas
Captura de um Gesto>> ver obra
23/ 07, Academia de Verão Remix Ensemble, Casa da Música, Porto
Remix Ensemble Casa da Música, estudantes da Academia de Verão, Peter Rundel (direção musical)
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João Moreira
2/ 08, Centro Cultural de Belém, Lisboa
Jovem Orquestra Portuguesa, Pedro Carneiro (direção musical)
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Alma Penada (hommage a Liszt)>> ver obra
3/ 08, Porto PianoFest, Reitoria da Universidade do Porto
Ana Ferraz (flauta), Selim Mazari (piano)
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Luís Salgueiro
11/ 08, Casa Municipal da Cultura de Seia
Inérzio Macome (violoncelo)
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18/ 08, Casa Municipal da Cultura de Seia
Clara Saleiro (flauta)
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Sofia Borges
18/ 08, Casa Municipal da Cultura de Seia
Andrea Conangla (soprano), Manuela Ferrão (violoncelo)
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Bernardo Ramos Lima
Reflexos Paisagísticos>> ver obra
Lucas Rei Ramos
Floresta fraturada>> ver obra
Desertificação>> ver obra
20/ 08, Auditório José Luís Peixoto, Galveias
Participantes da 3.ª edição da Woodwinds Summercamp 2023 – Paisagens Sonoras
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Francisco Lima da Silva
26 e 27/ 08, Jardim do MNAA, Operafest Lisboa 2023
Ricardo Rebelo-Silva (Artur), Catarina Molder (Lúcia), André Henriques (Enfermeiro), Marios Maniatopoulos (Médico), Rita Filipe (Tarefeiro), Miguel Sepúlveda (direção), Ensemble MPMP
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