A partir de Outubro o MIC.PT edita e dis-ponibiliza on-line se-te novas partituras de cinco composi-tores portugueses: Cristalofonia (2017) para soprano e electrónica de Carlos Alberto Augusto; Illuminations (2016) para orquestra de Miguel Azguime; All-in-one (2010) para ensemble e electrónica e Instante (2011) para orquestra e electrónica de Carlos Caires; Pranto (1984/88) para en-semble de sopros, piano e contrabaixo e Madrugada (1999) para oito vozes mistas de Amílcar Vasques-Dias; e ainda manchmal ist es immer so (2018/17) para clarinete, violino e piano de [ka'mi]. Neste momento o catálogo de Partituras do MIC.PT inclui 981 obras.

A música de Cân-dido Lima está in-cluída no programa do OUT.FEST 2018 – Festival Internacional de Música Explora-tória do Barreiro. No contexto deste evento anual, que celebra a música experimental em todas as suas vertentes estéticas, no dia 6 na Biblioteca Municipal do Barreiro este compositor editado pelo MIC.PT irá apresentar, entre outras obras suas, a composição dedicada a Iannis Xenakis, Oceanos de 1978/79 – a primeira obra de música portuguesa a usar meios informáticos e electroacústicos. Em 2016 a peça foi reeditada em vinil pela Grama. Adicionalmente, partituras, escritos, documentos áudio-vídeo fotos e grafismos de e com Cândido Lima, entre muitos outros materiais, fazem parte da exposição Musonautas, Visões & Avarias . 1960-2010 – 5 décadas de inquietação musical no Porto, aberta até ao dia 18 de Novembro na Galeria Municipal do Porto.

A 9 de Outubro na Casa da Música no Porto o Trio Ada-mastor (vencedor do PJM – Prémio Jo-vens Músicos) estre-ará uma nova obra para trio com piano de Gonçalo Gato – compositor editado pelo MIC.PT. O programa deste concerto inclui também o Trio n.º 2 de Schubert. Em 2018 Gonçalo Gato é Jovem Compositor Residente na Casa da Música, instituição que pelo 11.º ano consecutivo escolhe um criador português para o dar a conhecer ao seu público, encomendando-lhe três novas obras estreadas pelos músicos da Casa e pelo grupo de câmara – vencedor do PJM. Nascido em 1979, Gonçalo Gato tem trabalhado com os músicos mais conceituados do mundo. Os seus interesses focam-se na composição assistida por computador. O compositor defendeu a sua tese de Doutoramento na Guildhall School of Music and Drama sob a orientação de Julian Anderson.

O Espaço da Som-bra é o título de um novo CD monográfi-co de Hugo Vasco Reis, que acabou de ser editado e que inclui várias obras para guitarra portuguesa solo ou com o acompanhamento de outros instrumentos (electrónica, piano e percussão) deste compositor editado pelo MIC.PT. A interepretação da música de Hugo Vasco Reis é no disco realizada pelo próprio compositor (guitarra portuguesa e percussão) assim como por Cândido Fernandes e António Victorino D'Almeida (piano). "Uma das questões que me interessava explorar, era o comportamento de um objecto (guitarra portuguesa), num espaço que habitualmente não é o seu (música contemporânea). Qual a imagem resul-tante, movimento e discurso?" – pergunta Hugo Vasco Reis. A 6 de Outubro no Palácio Foz em Lisboa, Hugo Vasco Reis (electrónica) e Ana Jordão (dança) irão apresentar o espectáculo I am (k)not, editado no CD homónimo do compositor, que inclui a sua música acusmática.

A obra Sweet Data (no amnesia)​ (2018) para ensemble de percussão e electró-nica, encomendada a Igor C. Silva pelo Drumming – Grupo de Percussão, será estreada a 5 de Outubro pelos estu-dantes da Academia NanoDrumming na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Na segunda metade do mês outra obra deste compositor editado pelo MIC.PT, Your Trash (2016) para percussão, electrónica e vídeo, será apresentada no Festival Musicacoustica – Beijing 2018 (CIME – ICEM 2018), a decorrer entre os dias 22 e 28 de Outubro no Conservatório Central de Música em Pequim. "É-me impossível isolar-me da quantidade massiva de estímulos à qual estamos expostos. Sou invadido por tecnologia, ruídos, marketing compulsivo e uma globali-zação... A partir do momento em que um compositor tem contacto com estes estímulos, nunca mais ouve o mundo da mesma forma" – diz Igor C. Silva na entrevista dada ao MIC.PT em Setembro de 2015.

Aera Excipere é o título da nova obra de Jaime Reis – compositor editado pelo MIC.PT – estreada no dia 1 de Outubro em Paris no concerto pela Orchestre de Flûtes Français e dedicado ao compositor e maestro Jean-Sébastien Béreau. Também na primeira metade deste mês, nos dias 6 e 7 no Espaço Lisboa Incomum, Jaime Reis irá participar na conferência Jorge Peixinho: ontem e hoje, organizada pelo Festival DME – Dias da Música Electroacústica. Na segunda metade de Outubro, no dia 22 em Aveiro, o Duo Contracello irá apresentar a obra Fluxus, Drag (2015) para violoncelo e contrabaixo de Jaime Reis, num programa composto inteiramente pela música de compositores editados pelo MIC.PT: João Pedro Oliveira, Clotilde Rosa, Isabel Soveral, Ângela Lopes e António Chagas Rosa. E no dia 24 de Outubro a obra electroacústica de Jaime Reis Fluxus, pas trop haut dans le ciel (2017) será apresentada no festival L’Espace du Son, durante a final do Concurso Internacional de Composição Acusmática Métamorphoses no Théâtre Marni em Bruxelas na Bélgica.