Este mês de Dezembro decorrerão duas estreias absolutas de obras de Christopher Bochmann, compositor editado pelo MIC.PT. A primeira, Four Fancies (2016) para duas guitarras, será apresentada no dia 13 no Centro Cultural Athenaeum em Atenas pelo Duo Kontaxakis–Ivanovich. Este ensemble composto pelos dois guitarristas, Michalis Kontaxakis e Dejan Ivanovich, apresentará a peça novamente no dia 14 na Câmara Municipal de Lamia (Grécia). Outra obra em estreia de Christopher Bochmann tem por título All the world’s a stage (2019), sendo composta para um septeto de percussão. Esta peça será interpretada no próximo dia 30 de Dezembro no Teatro Garcia Resende em Évora, no contexto do 2.º Festival Itinerante de Percussão organizado pela Associação Arte no Tempo (27-30 de Dezembro).

A Dama e o Unicórnio – cantata profana para voz e electrónica em forma de ópera (2013), é a obra de António de Sousa Dias com a poesia de Maria Teresa Horta, que será apresentada na interpretação de Ana Brandão, durante dois espec-táculos no O'culto da Ajuda em Lisboa, nos dias 20 e 21 de Dezembro. Estas duas récitas contam também com a participação de Daniel Worm d'Assumpção, responsável pela realização do desenho de luz. "Esta obra tem a particularidade na minha produção de conjugar vários aspectos: arte digital, instalação, performance, compo-sição, concepção audiovisual, programação, enfim toda uma série de campos que sempre gostei de explorar, apesar de estar mais conotado com a criação musical" – disse António de Sousa Dias, compositor editado pelo MIC.PT, na Entrevista dada ao MIC.PT em Abril de 2017.

A 6 de Dezembro no O'culto da Ajuda em Lisboa João Castro Pinto fará um concerto para assinalar o lançamento do seu novo trabalho monográfico intitulado The No Land Soundscape e editado pela Hemisphäreの空虚 (Austrália). No concerto este compositor editado pelo MIC.PT, espacializará através da Orquestra de Altifalantes três peças electroacústicas editadas no disco Esofonia – obras acusmáticas 1999-2017 (Miso Records) e também apresentará, em estreia absoluta, as duas obras que compõem o seu novo CD: à-τόπος e où-τόπος. O novo trabalho foi composto a partir de captações sonoras feitas por João Castro Pinto entre 1998 e 2019 em: Amarante, Budapeste, Coimbra, Moscovo, São Petersburgo, Sesimbra, Travanca do Monte, Tallinn e Viena. Este mês João Castro Pinto fará também uma digressão de vários concertos nos EUA: na galeria Vox Populi em Filadélfia (dia 10); no Rhizome em Washington DC (dia 12); na Gallery on Fourth em Easton (dia 13). Por fim, no dia 16, João Castro Pinto apresentará com Sofia A. Carvalho a performance intermédia - Spectrum Extenso -, na Experimental Intermedia Foundation em Nova Iorque.

Miguel Azguime, compositor editado pelo MIC.PT, é o próximo convidado para o encontro do ciclo MUSIVUS, organizado pela APC – Associação Portuguesa de Compositores na SPA – Sociedade Portuguesa de Autores em Lisboa. O encontro, que terá lugar no próximo dia 10 de Dezembro, contará também com a presença da flautista Sílvia Cancela. Neste contexto, ambos os artistas convidados tomarão a obra Et s’il à l’issue (2019) de Miguel Azguime como ponto de partida para a conversa. Adicionalmente este mês, no âmbito de mais um Recital em Directo Antena 2 no O'culto da Ajuda em Lisboa, esta vez protagonizado pelo clarinetista Hugo Queirós, decorrerá a estreia absoluta da nova obra de Miguel Azguime para clarinete contrabaixo e electrónica – Avoir l’Air (2019). O programa do concerto que decorrerá no dia 17 de Dezembro, inclui também a música de: Gérard Grisey, Yann Robin, Bernhard Gander e Mike Svoboda. Uma vez por mês à terça-feira a partir do O’culto da Ajuda, a Miso Music Portugal apresenta em colaboração com a Antena 2 um recital com intérpretes de excepção, transmitido em directo, para dar voz à música do nosso tempo.

A obra Drive_! (2013) para vibrafone, multipercussão e electrónica de Igor C. Silva, compositor editado pelo MIC.PT, será apresentada no próximo dia 28 de Dezembro pelo percussionista André Dias, no âmbito do 2.º Festival Itinerante de Percussão organizado pela Associação Arte no Tempo (a decorrer no Teatro Garcia de Resende em Évora). "Para mim, é comple-tamente impossível dissociar a composição da evolução tecnológica. Se olharmos para o passado, a composição sempre evoluiu paralelamente à evolução instrumental. Pessoalmente, penso que é perfeitamente natural e quase obrigatório o uso das ferramentas que estão neste momento a ser desenvolvidas e que tanto caracterizam o universo sonoro no qual vivemos em pleno século XXI" – enfatiza Igor C. Silva na Entrevista dada ao MIC.PT em Agosto de 2015.

A 6 e 7 de Dezembro no Auditorio Nacional del Sodre Dra. Adela Reta em Montevideu (Uruguai), decorrerá a estreia do espectáculo Era um peito só cheio de promessas de Miguel Pereira, com a música e sonoplastia de Diogo Alvim, compositor editado pelo MIC.PT. "A pretexto da comemoração dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães, pretendo realizar a criação de um espectáculo que reflicta o legado e as consequências desse feito na nossa História. Esta é, talvez, a oportunidade certa, para desenvolver um trabalho que permita o encontro e a cooperação entre criadores e intérpretes portugueses e sul americanos" – diz Miguel Pereira. No caso de Diogo Alvim, a música para a dança, o teatro e o trabalho nos projectos que ligam a música a imagens em movimento, constitui uma parte importante da sua produção criativa.

A culminação das celebrações do 60.º aniversário de João Pedro Oliveira irá decorrer no âmbito de vários eventos durante o mês de Dezembro. No dia 5 na ESART em Castelo Branco, o Duo Sigma, com Ana Cláudia Assis no piano e Miguel Rocha no violoncelo, realizará um concerto comentado, cujo programa inclui as obras Enigma (2018) e Singularity (2019). Dois dias depois os músicos do Duo subirão o palco do O'culto em Ajuda em Lisboa, para dar um concerto no contexto do lançamento do novo CD monográfico – Duo Sigma Interpreta João Pedro Oliveira. A obra deste compositor editado pelo MIC.PT estará também em destaque no âmbito do IV Encontro Internacional de Piano Contemporâneo (12-14 de Dezembro no Porto), através de uma mesa-redonda, um workshop com o compositor e também vários concertos com a sua música na interpretação de Ana Cláudia Assis e Madalena Soveral. Adicionalmente, a música de João Pedro Oliveira está incluída no programa dos concertos pelo Ensemble Tesseract–DME, a decorrer nos dias 15 e 16 de Dezembro em Seia. Por fim, no dia 27 no Lisboa Incomum terá lugar o concerto apoiado pelo MPMP, para marcar o lançamento do CD Pirâmides de Cristal, com a obra integral para piano de João Pedro Oliveira.

O teatro musical para coro infantil, narrador, ensemble instrumental e electrónica, Bartolomeu, o Voador (2018) de Jaime Reis, será apresentado no dia 2 de Dezembro no Conservatório Nacional de Lisboa pelo Coro Compasso dirigido por Teresa Cordeiro e pelos alunos da Classe de Música Contemporânea dirigida por Jorge Sá Machado. Outra obra (acusmática) deste compositor editado pelo MIC.PT, Fluxus, pas trop haut dans le ciel (2017), faz parte da instalação MicaDôme organizada no contexto do festival Journées Nationales de la Musique Electroacoustique – MANCA 2019 (2-7 de Dezembro, Nice, França). Adicionalmente, várias peças de Jaime Reis – Fluxus, Dimensionless Sound (B), Bartolomeu, o Voador e Interlúdio I –, estão incluídas no repertório do Concurso Internacional de Interpretação – Flauta e Electrónica, organizado pela EMSCAN no Lisboa Incomum (7-8 de Dezembro). A 11 de Dezembro Jaime Reis irá realizar uma apresentação na Conferência Matéria e Transcendência: Espiritualidade na Música e nas Artes Plásticas dos Séculos XX e XXI (Universidade de Évora). Por fim, a sua obra Sândalo. Prata. (2018) para guitarra e flauta está incluída no concerto do Ensemble Tesseract-DME, a decorrer no dia 15 de Dezembro na Casa Municipal da Cultura de Seia.

Peixinho é Fixe (2) é o título dos concertos pelo GMCL – Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, sob a direcção de Tiago Oliveira, que vão decorrer nos próximos dias 3 e 4 de Dezembro em Badajoz (Espanha) e Elvas (Academia de Música Rodrigues Coelho). O programa destes dois espectáculos inclui quatro obras de Jorge Peixinho, compositor editado pelo MIC.PT: Welkom (1972), Remake (1985), Llanto por Mariana (1986) e Sine nomine (1987); e ainda a música de José Río-Pareja (estreia absoluta de uma nova obra encomendada pelo CNDM) e da compositora compositora hispano-lusa Inés Balado (Glosas). A interpretação da peça Sine nomine de Jorge Peixinho será realizada com a participação de alunos da Academia de Música Rodrigues Coelho em Elvas.

Pelo 2.º ano consecutivo, contrariando a ideia de rivalidade entre escolas, percussionistas das sete instituições de ensino superior portuguesas, em que é ministrado curso de percussão, reúnem-se num evento inédito, colocando a música em primeiro plano. Ao longo de quatro dias (27-30 de Dezembro no Teatro Garcia de Resende em Évora), percussionistas oriundos de cada uma das sete escolas superiores reúnem-se em septetos preenchidos por alunos das diferentes instituições, para preparar uma nova obra composta por um compositor português – Pedro Berardinelli, Christopher Bochmann (compositor editado pelo MIC.PT) e Luís Carvalho – que terá estreia no evento final do 2.º Festival Itinerante de Percussão. O programa do FIP, organizado pela Associação Arte no Tempo, inclui também masterclasses de percussão e recitais por André Dias, Eduardo Lopes, Mário Teixeira, Miquel Bernat, Nuno Aroso e Pedro Silva.

Duas obras dos compositores editados pelo MIC.PT – Näherungen – I. Nah aus der Ferne (2007) para trompete e electrónica de [ka'mi] e no man is an island (2014) para instrumento de sopro ad libitum e electrónica de Rui Penha – estão incluídas no programa do recital Plugged In pelo trompetista João Silva, que irá decorrer no próximo dia 14 de Dezembro no O'culto da Ajuda em Lisboa, no contexto do ciclo Talentos Emergentes. O repertório deste concerto inclui também a música de: Agostino Di Scipio, Michael Maierhof e Karlheinz Stockhausen. “Neste recital, a música para trompete e meios electrónicos será colocada em perspectiva, viajando por diversos universos estéticos e interpretativos, através de um percurso musical com obras emblemáticas do repertório que desafiam, de forma exponencial, as técnicas e cânones da execução instrumental tradicional" – diz João Silva na introdução ao recital Plugged In.

O Coro de Pequenos Cantores de Esposende e o Coro Ars Vocalis apresentarão em forma de concerto, a 7 de Dezembro na Igreja Matriz de Apúlia, o seu mais recente trabalho discográfico intitulado AETERNUM. Neste novo projecto os dois Coros juntam-se, dando seguimento a um dos seus principais propósitos que é a valorização da identidade musical portuguesa. AETERNUM é composto por obras encomendadas e / ou dedicadas aos Coros pelos compositores editados pelo MIC.PT: António Pinho Vargas (Stabat Mater para coro, piano e violino) e Paulo Bastos (Missae breves para coro, órgão e oboé); e ainda por: Alfredo Teixeira (Dois cantos Espirituais da Ilha da Madeira para coro a cappella), Telmo Marques (fragmentos de Procura para coro, piano e marimba), Helena Venda Lima (Ave Maria para coro, piano e percussão) e Osvaldo Fernandes (Ave Verum para coro, piano e violino). O disco, gravado em Julho de 2019 na Igreja Paroquial de S. Paio de Antas, conta com a direcção musical de Helena Venda Lima e a interpretação de Diogo Zão (piano e órgão), Carlos Pinto da Costa (violino), Luís Filipe Alves (oboé), André Silva (percussão) e Paulo Pontes (percussão).

O IV Encontro Internacional de Piano Contemporâneo, uma organização do CESEM / IPP em parceira com a ESMAE e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil), irá decorrer entre os dias 12 e 14 de Dezembro no Teatro Helena Sá e Costa no Porto. Com cerca de 50 investigadores e performers oriundos de 12 nacionalidades, esta reunião de três dias visa promover uma discussão sobre os recentes desenvolvimentos da criação contemporânea, tanto na pesquisa musicológica como na prática artística. Para além de um vasto leque de práticas performativas e de temas de investigação sobre a música para piano dos últimos 50 anos, apresentados em palestras, recitais e performances artísticas, nesta edição será dada ênfase à obra de João Pedro Oliveira (compositor editado pelo MIC.PT), por ocasião do seu 60.º aniversário, através de uma mesa-redonda, um workshop com o compositor e também vários concertos com a sua música na interpretação de Ana Cláudia Assis e Madalena Soveral. O programa das iniciativas do Encontro inclui também a interpretação e a reflexão sobre a música de outros compositores e compositoras editadas pelo MIC.PT; a saber: Clotilde Rosa (pela pianista Ana Telles), Constança Capdeville (pela pianista Helena Marinho e pelo percussionista Luís Bittencourt) e Luís Antunes Pena (pela pianista Inês Lopes). Adicionalmente, no Encontro será possível ouvir a música de: Carlos Lopes, Dimitris Andrikopoulos, Joana Sá e Nuno Lobo, entre vários outros compositores e compositoras.

Obras dos dois compositores editados pelo MIC.PT – Uma Mesa é uma Mesa. Será? (2008) de José Luís Ferreira com história de Isabel Minhós Martins e O Leão e o Rato (2019) de Miguel Azguime com a fábula de La Fontaine – fazem parte dos espectáculos dos Contos Contados com Som, a decorrer entre os dias 3 e 5 de Dezembro no Teatro da Rainha (Caldas da Rainha). Este programa inclui também as peças: Platero e Eu (2019) com música de Luís Martins e fragmentos do poema de Juan Ramón Jimènez, A Velha e o Ladrão (2008) com música de Sérgio Pelágio e história de António Torrado e Orfeu com música de Eduardo Raon e história Orfeu adaptada por Regina Guimarães. Os espectáculos contam com a interpretação de Ana Baptista, Francisco Sales e Miguel Azguime (narradores) e com a difusão sonora realizada por Paula Azguime. O projecto dos Contos Contados com Som – dirigido a públicos infanto-juvenis e criado pela Miso Music Portugal para dar continuação à tradição antiga de contar histórias, hoje em dia em vias de desaparecimento – propõe uma maneira inovadora e rica de contar uma história, onde os sons sugerem e completam o sentido semântico das palavras.

A edição de Dezembro do Festival DME – Dias de Música Electroacústica terá lugar nos próximos dias 15 e 16 na Casa Municipal da Cultura de Seia (Cinema). Neste contexto irão decorrer dois concertos pelo Ensemble Tesseract–DME, cujo repertório inclui várias obras de compositores e compositoras editadas pelo MIC.PT: Heart (2001) para guitarra e electrónica de Isabel Soveral; Sândalo. Prata. (2018) para flauta e guitarra de Jaime Reis; e ainda três obras de João Pedro Oliveira: Singularity (2019) para violoncelo e electrónica, Beyond (2006) para clarinete, violoncelo e piano e In Tempore (2000) para piano e electrónica. O programa do Festival DME em Dezembro inclui também a final do concurso Nano Músicos Electroacústicos 2019.

Double é um projecto do Xperimus Ensemble que integra obras para dois pianistas e dois percussionistas, abrangendo repertório de escrita musical “convencional”, e também obras que exploram linguagens experimentais, multimédia, técnicas estendidas e improvisação livre. O programa que o Xperimus apresentará nos dias 2, 3 e 5 de Dezembro em Coimbra, Aveiro e Viana do Castelo, inclui obras dos dois compositores editados pelo MIC.PT: Estudo de pulsação e métrica de António Pinho Vargas e Static on my fingers de Igor C. Silva; e ainda a música de José Alberto Gomes (Picasso do 5.º esquerdo) e Steve Reich (Quarteto para 2 pianos e percussão). O Xperimus Ensemble é constituído por: Helena Marinho e Alfonso Benetti (pianos); Luís Bittencourt e João Dias (percussão).

Hugo Vasco Reis (HVReis0011)
From Where the Wind Blows (2016) · dois clarinetes

João Quinteiro (JQui0003)
Hermes, nove da noite (2017) · saxofone com espacialização e vídeo em tempo real

Paulo Bastos (PBas0005)
Vinte e quatro (1997) · 24 guitarras

Três composições de uma compositora portuguesa e de dois compositores portugueses, editados pelo MIC.PT, irão representar Portugal no contexto do próximo Festival World New Music Days da ISCM – Sociedade Internacional de Música Contemporânea, que em Abril de 2020 decorrerá na Nova Zelândia em Auckland e Christchurch. As obras seleccionadas para o WNMD 2020 no âmbito da Candidatura Oficial da Miso Music Portugal e do MIC.PT, enquanto a Secção Portuguesa da ISCM, são: sobre a areia o tempo poisa (2016), para violino, violoncelo e piano, de Sara Carvalho; Íris-abandono… (2016), para vibrafone, de Paulo Bastos; e Colours (here in) (2018), para coro misto, de Daniel Davis. O World New Music Days da ISCM é um evento periódico, que todos os anos decorre num país diferente, sendo organizado para celebrar a criação musical da actualidade.

A partir de Novembro o MIC.PT tem uma nova Página de Compositor dedicada a Manuel Brásio, compositor, sound designer e percussionista, nascido em 1992 em Viana do Castelo. Manuel Brásio frequentou masterclasses e workshops em performance e teve a oportunidade de ter contacto com o trabalho de compositores e musicólogos como Robert Rowe, Matthew Davies, Bruce Pennycook, Filipe Lopes, Liviu Dănceanu e Cândido Lima. Em 2014, licenciou-se em Composição pela ESMAE no Porto, tendo trabalhado com Filipe Vieira, Carlos Azevedo, Carlos Guedes, Fernando C. Lapa, Daniel Moreira, Pedro Santos, Dimitris Andrikopoulos, Eugénio Amorim, Rui Penha e Fredrick Gifford. Manuel Brásio foi bolseiro da Fundação Gulbenkian, no âmbito do projeto Experiências Musicais Contemporâneas e em Julho de 2016 terminou o Mestrado em Multimédia – Música Interactiva e Design de Som na FEUP. Presentemente, dirige projectos associativos de intervenção artística como a AISCA (Viana do Castelo) e Interferência (Porto). Recentemente compôs Bom dia Sophia para oboé solo, uma encomenda da Antena 2 para o Prémio Jovens Músicos 2018; captou e fez sound design para o documentário de Rita Al Cunha, Os Estrangeiros; criou e operou a banda sonora para a digressão nacional de FANZINE com o Teatro do Montemuro; e apre-sentou pelo país SUPRAHUMAN, um espectáculo multimédia de sua autoria.

A partir de agora o MIC.PT tem uma nova Página de Intérprete dedicada ao Quarteto Contratempus do Porto, que transpôs as barreiras académicas para assim fazer chegar a um público mais alargado esta arte sublime que é a música. O Quarteto Contratempus tem uma formação pouco comum, sendo composto por soprano, clarinete, violoncelo e piano, representando assim a voz, os sopros, as cordas e a grande orquestra; apresentando a possibilidade de um amplo jogo de cores disponibilizado pelos timbres contrastantes dos instrumentos e tornando esta formação especial. Até agora o Contratempus tem-se dedicado à interpretação de música contemporânea, com a estreia de obras de vários compositores e compositoras portuguesas, nomeadamente: Fernando C. Lapa (Destinos, Variações a partir de um Coração), Daniel Moreira (O escuro silêncio da chuva, Ninguém & Todo-o-Mundo ), Sérgio Azevedo (Viagem interior), Nuno Côrte-Real (Os dilemas dietéticos de uma matrioska do meio), Fátima Fonte (A querela dos grilos), Jorge Prendas (As sete mulheres de Jeremias Epicentro) e Telmo Marques (Simplex). Recentemente, a componente multimédia das óperas do Quarteto ganhou um papel mais central, assumindo-se como um elemento crucial das suas criações. Presentemente, o Contratempus é constituído por Brenda Vidal Hermida (piano), Crispim Luz (clarinete), Susana Lima (violoncelo) e Teresa Nunes (voz).