Compositor e investigador doutorando na FCSH/ Kunstuniversität Graz/ Fondazionne Archivio Luigi Nono e membro do Concrète [Lab] Ensemble, João Quinteiro está Em Foco no MIC.PT em março.
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Obra encomendada pelo conselho Português da Música e dedicada ao grupo “Metais de Lisboa”. esta obra de escrita contrapontística vai-se desenvolvendo através de células melódicas e rítmicas que se vão imitando, embora de forma não sistemática, escolhendo intervalos e campos harmónicos tanto do meu agrado.
Clotilde Rosa
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética Septeto de Metais
Estreia
Data 1986/May/13
Intérpretes
Grupo de Metais de Lisboa:
José Augusto Carneiro (trompete), Nelson Rocha (trompete), António Reis Gomes (trompete), António Nogueira (trompa), Emídio Coutinho (trombone), Hermenegildo Campos (trombone), António Lages (tuba)
Entidade/Evento 10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Escrita em 1985, trata-se de uma das mais recentes obras de Clotilde Rosa, onde confluem duas das suas tendências mais notórias e características: uma linguagem de grande densidade contrapontística e um sentido muito agudo da importância motórica e estrutural do ritmo. Nessa ordem de ideias, e apesar de cada obra da autora possuir sempre uma individualidade própria e inconfundível, Metalis corresponde, de certo modo, à confluência de duas linhas de força bem marcantes na evolução do seu estilo; uma, definida por obras como Recondita Armonia e Hommage; outra, que perpassa paradigmaticamente por Diapason e Música para Inês. Mas, no entanto, Metalis não constitui apenas uma obra de síntese; talvez nem seja até essa a sua principal particularidade. Os seus valores intrínsecos mais específicos residem, a meu ver, em duas características fundamentais: um tratamento tímbrico vinculado estruturalmente aos elementos melódicos-rítmicos, tendo em conta a homogeneidade do conjunto instrumental e as suas nuances de diferenciação; e, muito especialmente, um recorte formal, em que as diferentes secções e fases da composição se articulam segundo um plano muito complexo, mas derivado intimamente das características estruturais dos seus elementos constituintes e condutores.
Nesse sentido, a obra baseia-se em três estruturas muito diversificadas entre si, que constituem verdadeiras Gestalten com elementos comuns ou transformáveis; poder-se-iam eventualmente ser apelidados de "temas", naturalmente numa acepção qualitativamente diferente e mais alargada do conceito tradicional. O seu percurso é extremamente diferenciado, oscilando entre variantes e variações das matrizes harmónicas, melódicas ou rítmicas fundamentais, desenvolvimentos, fases de transição e de alternâncias, etc., numa planificação que inclui trajectórias de continuidade e discontinuidade. Metalis foi composta por encomenda da Comissão Nacional para o Ano Europeu da Música e é dedicada ao Grupo Metais de Lisboa.
Jorge Peixinho
Encomenda
Data 1985
Entidade Comissão Nacional Portuguesa do Ano Europeu da Música (Secretaria de Estado da Cultura)
Classe de Metais da ESML:
Pedro Gentil, Alexandre Andrade e Luís Oliveira (trompete), Ricardo Alves (trompa), Hélder Rodrigues e Francisco Couto (trombone), Nuno Henriques (trombone baixo), José Augusto Carneiro (direcção)
Observações
Metalis
Estreia
1986/May/13
10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório
Lisboa
Portugal
Grupo de Metais de Lisboa:
José Augusto Carneiro (trompete), Nelson Rocha (trompete), António Reis Gomes (trompete), António Nogueira (trompa), Emídio Coutinho (trombone), Hermenegildo Campos (trombone), António Lages (tuba)