I. A culpa é minha (ao antigo Schumann) · 2'04''
II. A hora da estrela (à doce Clara) · 1'40''
III. Ela que se arranje (à tempestade de Beethoven) · 1'39''
IV. O direito ao grito (à vibração das cores neutras de Bach) · 1'32''
V. Quanto ao futuro. (a Chopin, que me amolece os ossos) · 1'04''
VI. Lamento de um blue (a Stravinsky, com quem voei em fogo) · 1'50''
VII. Ela não sabe gritar (a Richard Strauss, que me revela um destino?) · 1'36''
VIII. Uma sensação de perda (ao transparente véu de Debussy) · 1'33''
IX. Assovio no vento escuro (a Marlos Nobre) · 1'36''
X. Eu não posso fazer nada (a Prokofiev) · 1'16''
XI. Registro dos factos antecedentes (a Carl Orff) · 1'23''
XII. História lacrimogênica de cordel (a Schönberg) · 0'53''
XIII. Saída discreta pela porta dos fundos (aos gritos rascantes dos eletrônicos) · 2'21''
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música Electroacústica sobre suporte
Instrumentação Sintética música acusmática
Estreia
Data 2022/Mar/11
Entidade/Evento Música e Literatura
Local Lisboa Incomum
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
A composição de Sim, pensada para seis canais, partiu d’A hora da estrela de Clarice Lispector, romance cujas primeira e última frases são, com efeito, “Tudo no mundo começou com um sim” e “Sim”. “Cada um dos andamentos tem o nome de cada um dos treze títulos alternativos que a autora do romance propõe e explora os contextos emocionais percepcionados por diferentes personagens, em pontos específicos da história […]. Em alguns momentos, é utilizado um trecho da secção final do livro”. Ainda segundo Tiago Quintas, ao longo do enredo “a escritora sugere várias sensações auditivas, associadas a eventos específicos, referenciando quer instrumentos quer paisagens sonoras. Assim, invoco também na obra certos elementos programáticos ou associações directas, providas do seu contexto emocional. As identidades sonoras mais utilizadas ao longo da obra são a chuva, a máquina de escrever, a caixa de música, estilhaços de loiça e sons de carros e buzinas. Cada um destes elementos tem a particularidade de se moldarem conforme a personagem que os contextualiza”.