Escrevi este conjunto de três peças curtas para o meu amigo, o grande flautista (de bisel) António Carrilho, com uma dupla inspiração: primeiro, inspirei-me no quadro de Mondrian com o mesmo título, que para mim captura na perfeição a energia nonstop da Manhattan. Em segundo, inspirei-me na energia paralela do meu querido colega. Os andamentos retratam três ambientes Nova Iorquinos distintos: um passeio na Broadway, uma paragem num dive em Midtown, e a hiperactividade de Times Square à noite. Desde que comecei a tocar em concerto com o António Carrilho (em 2014) em Manhattan, a energia da música, dele, e da cidade, estão, para mim, inextricavelmente ligadas, fazendo desta esta forma a minha homenagem a ambos.