Compositor, investigador e Professor Associado na Universidade de Ciências Aplicadas de Mainz – Paulo Ferreira-Lopes está Em Foco no MIC.PT em maio, para assinalar seu 60.º aniversário.
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University of York Chamber Orchestra
Jacek Kaspszyk (direcção)
Local Universidade de York
Localidade York
País Reino Unido
Notas Sobre a Obra
No dicionário de Inglês da Oxford, Chimaera é definida ou como um ser imaginário da mitologia Grega que respira fogo, que tem uma cabeça de leão, um corpo de cabra e uma cauda de serpente, e que foi morta por Bellerophon; ou então, como um fantasma horrível e temível; ou como uma criatura irreal, produto da imaginação; uma mera fantasia selvagem, um concepção infundada.
A quimera como o conceito do cruzamento dos limites entre o homem e o animal, o animal e o animal, uma entidade e outra, é recorrente nas fantasias e pesadelos durante a História. Aparecem quimeras em algumas das mais antigas pinturas de cavernas (como nas cavernas em Lascaux, França), em muitos mitos, especialmente no Egipto, e alcança a sua expressão mais física na experimentação genética da ciência moderna, onde os ovos fertilizados de duas espécies foram misturados para produzir quimeras como “meio cabra / meio carneiro” e “meio leão / meio tigre”.
A minha interpretação do conceito, é representada por diferentes linhas de material musical que se associam violentamente, até produzirem uma conjunção antinatural, mas que espera encontrar um lugar apropriado. Este organismo novo, o resultante das ideias prévias da peça, é um organismo mosaico, composto de tecidos musicais cujas células têm novas personalidades que nasceram da associação abrupta dos elementos originais.